O comando da guarda Municipal de Itajaí afastou do trabalho nas ruas os dois agentes envolvidos na ocorrência de agressão ao vendedor ambulante G.F., 17 anos, na última segunda-feira, na rua Hercílio Luz. Eles farão trabalho administrativo, enquanto ocorre a sindicância da corregedoria da secretaria de Segurança.
Na última quinta-feira, o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, solicitou ao comando da GM que os dois agentes fossem afastados dos trabalhos até que tudo esteja, devidamente, esclarecido.
Morastoni também solicitou à corregedoria da Segurança rapidez nos trabalhos da sindicância, que está apurando toda a ocorrência. A investigação tem prazo de 30 dias pra ser concluída. ...
Na última quinta-feira, o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, solicitou ao comando da GM que os dois agentes fossem afastados dos trabalhos até que tudo esteja, devidamente, esclarecido.
Morastoni também solicitou à corregedoria da Segurança rapidez nos trabalhos da sindicância, que está apurando toda a ocorrência. A investigação tem prazo de 30 dias pra ser concluída.
Nos próximos dias, o prefeito se reunirá com comando e efetivo da Guarda Municipal e novas ações poderão ser tomadas. “A criação da Guarda Municipal foi um anseio da sociedade itajaiense e ela deve manter, sempre, uma conduta humanitária e próxima da comunidade, como foi idealizada. Seguimos trabalhando neste sentido e, ao mesmo tempo, continuamos dando apoio e suporte ao adolescente e a sua família”, afirmou o prefeito.
Abordagem truculenta
O adolescente, que vendia doces no centro de Itajaí, teve o material de trabalho destruído durante a abordagem da GM. A ação foi toda filmada por populares que usavam a principal rua de comércio da cidade.
O adolescente ainda foi enforcado pelo pescoço pelos guardas, teve joelhos e cotovelos feridos e a roupa rasgada durante a abordagem. O rapaz, que mora em Navegantes e tem o sonho de ser sargento, foi detido e levado pra delegacia.
Sindicato quer esclarecer
Alexandre Gebler, 47 anos, presidente do Sindguardas, de Santa Catarina, acompanha o caso. Ele alega que, além dos vídeos divulgados, houve uma abordagem feita pelo fiscal de Postura ao rapaz antes da ação da GM.
Alexandre alega que, por duas vezes, o fiscal e a guarda pediram para que adolescente apresentasse a licença para comercialização do doce na Hercílio Luz. O presidente do sindicato alega ter vídeos mostrando essa ação e que isso será esclarecido no decorrer do processo de investigação.
O presidente do Sindguardas ainda afirma que o rapaz reagiu à abordagem, desacatou o fiscal e os guardas municipais, por isso a GM fez “o uso progressivo da força, inclusive com algemas”. Alexandre informa também que o guarda Municipal, que dominou o adolescente, acabou se machucando e teve o equipamento danificado.
O sindicato está entrando em contato com os veículos de comunicação para trazer a versão dos guardas. Também faz contato com a Assembleia Legislativa para que os deputados deem direito de resposta aos guardas municipais. “Não é somente o caso de Itajaí. Isso ocorre em todos os municípios. As abordagens são feitas pelos fiscais e, quando eles são desacatados, isso é crime, código penal, é chamada a guarda municipal para proteger o funcionário público. Isso está na lei e é função do guarda”, defende Alexandre.