A professora Zilda Helena Deschamps Bernardes, morreu de causas naturais, aos 87 anos, na madrugada dessa terça-feira.

Dona Zilda era figura querida em Itajaí por ter sido professora e pela sua administração à frente do Herbário Barbosa Rodrigues durante 48 anos.

Ela nasceu em Tijucas e  veio para Itajaí aos nove anos de idade. Formou-se como Normalista em 1953.

Lecionou na escola Municipal Irmã Anchieta e grupo Escolar Floriano Peixoto, onde foi diretora até 1971, quando a secretaria de Educação de Santa Catarina concedeu sua transferência para exercer uma função no Herbário Barbosa Rodrigues, a pedido do cônego e doutor Rauilino Reitz.

Desde então, ela trabalhou incansavelmente com o Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein. Ela seguiu no herbário mesmo após a morte dos dois.

Em 2018, dona Zilda recebeu a Moção de Congratulação e Reconhecimento nº 26/2018 pelos seus serviços no Herbário Barbosa Rodrigues. A homenagem foi realizada em sessão ordinária na Câmara de Vereadores.

Dona Zilda deixa o marido, o senhor Jurandir de Souza Bernardes. Ela não tinha filhos. O velório e o sepultamento ocorreram no cemitério da Fazenda, na tarde de terça-feira. Ela tinha falecido em casa, dormindo.

Para as pessoas que trabalhavam com ela, ficam as lembranças de alguém doce, dedicada e fascinante. “Estamos órfãos. Eu passei os últimos nove anos, todos os dias, com a dona Zilda e fui vendo essa linda bromélia perdendo sua vitalidade pouco a pouco... Eu a resumiria em uma música: Fascinação. Sabe aquelas pessoas que de boca fechada falam mais que aqueles que tem o dom da fala? Essa era a dona Zilda. Ela falava com a gente pelo olhar. Pessoa mais doce, mais pura e mais cândida que eu já conheci. A dona Zilda era uma luz”, escreveu Janaina Costa Lopes, secretária do Herbário há quase uma década.