O professor Márcio Giovani Niquelatti, de Otacílio Costa, na serra catarinense, foi preso domingo pela polícia Federal a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele estaria convocando a população nas redes sociais pra atos criminosos e violentos. O caso faz parte da investigação de atos antidemocráticos, a pedido da procuradoria-geral da República.

O acusado está no presídio de Lages. O advogado de defesa, Silvano Willian Antunes, pediu a revogação da prisão, mas não foi atendido pelo STF. O advogado pretende entrar com um pedido de habeas corpus pra libertar o seu cliente.

A defesa acredita que a prisão tenha sido motivada pela participação do professor em uma live na sexta-feira passada. No vídeo, Márcio aparece afirmando existir um grupo “que vai caçar ministros onde quer que eles estejam”. Ele também cita que um empresário “grande” irá pagar um valor “pela cabeça do Alexandre de Moraes, vivo ou morto” e que “agora no Brasil vai ter um prêmio pela cabeça dos ministros”. Nas redes, o professor de educação Física e árbitro de futsal se identifica como um apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

Atos antidemocráticos

O inquérito que apura atos antidemocráticos no país vem desde abril de 2020. Em SC, a PF faz buscas pelo caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira, o Zé Trovão, de Joinville.

Já o blogueiro Wellington Macedo foi detido em um hotel em Brasília. Ele e Zé Trovão são suspeitos de convocar atos golpistas.