A história de Rodolpho mudou em 2015, quando o atleta se viu em uma luta desesperada contra uma meningite bacteriana. Natural de São Paulo, mas morando em Paris, ele contraiu a doença numa vinda ao Brasil pra acompanhar o enterro do pai.
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As consequências da meningite foram duras: amputações das duas pernas, dos dedos da mão direita e alguns da mão esquerda. O relógio do sonho olímpico parou, enquanto o de outro disparou.
Rodolpho estava em meio à corrida por uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio e teve que se adaptar à nova realidade. Ele voltou ao hipismo na primeira oportunidade que teve e numa reviravolta incrível, participou da Paralimpíada de 2016, terminando em 10º lugar na prova do adestramento.
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Com mais tempo para se preparar, a Paralimpíada de Tóquio representava a primeira grande oportunidade para ele. Rodolpho liderou a prova de quinta-feira até o meio da competição, mas acabou superado pela holandesa Sanne Voets.
A medalha de prata foi recebida com muitas lágrimas pelo brasileiro. “Tem gente que trabalha por anos para estar em uma Paralimpíada e ganhar uma medalha e infelizmente não consegue. Não é fácil. Preparamos do jeito certo, fizemos tudo na hora certa e a medalha veio. Estou muito feliz”, disse Rodolpho.
Rodolfo Riskalla ainda tem mais uma prova para participar em Tóquio e, cheio de gás, acredita em outra medalha. Terá duras adversárias pelo caminho. No hipis-mo, as provas são mistas e a maior parte delas tem mais amazonas do que cavaleiros.
Natação
O Brasil conquistou na manhã de quinta-feira a medalha de bronze na prova de revezamento misto no 4x50 metros livre 20 pontos. Os nadadores brasileiros Daniel Dias (classe S5), Talisson Glock (classe S6), Joana Neves (classe S5) e Patrícia Pereira (classe S4) obtiveram o tempo de 2min24s82. A medalha de ouro foi para a China, que bateu a marca de 2min15s49, se tornando novo recorde mundial. Já a prata foi para o quarteto italiano, que terminou a prova no tempo de 2min21s45.
Daniel Dias ainda conquistou mais duas medalhas: um bronze na prova de 100 metros livre da classe S5 (deficiência físico-motora), com o tempo de 1min10s80, e outro bronze nos 200 metros livre em terceiro lugar.
Esgrima
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Ouro na Paralimpíada de Londres 2012, o esgrimista gaúcho Jovane Guissone, 38 anos, conquistou a prata na manhã quinta-feira, na disputa da espada individual na categoria B (menor equilíbrio e mobilidade no tronco).
O brasileiro foi superado pelo atleta Alexander Kuzykov, do Comitê Paralímpico Russo (ROC, sigla em inglês), por 15 a 8.
Natural de Barros Cassal, no Rio Grande do Sul, Guissone segue como o único medalhista do país na esgrima, seja em Olimpíadas ou Paralimpíadas.