Navegantes
Ministro diz que segunda pista do aeroporto depende de estudos técnicos
Audiência pública foi realizada no Senado Federal para debater o tema
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

A bancada catarinense no Senado Federal participou nesta terça-feira de uma audiência pública com o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para tratar de uma série de demandas do estado, entre elas a construção da segunda pista do aeroporto de Navegantes. No debate, o ministro reforçou que o investimento na nova pista só será feito caso a sua demanda seja comprovada.
Além dos senadores catarinenses, o governador Carlos Moisés também participou da audiência. O senador Esperidião Amin (PP) defendeu que a obra irá impulsionar a economia do Vale do Itajaí e destacou ainda que as desapropriações já foram feitas na região.
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“Precisamos de uma posição, pois o investidor tem que ter segurança jurídica para investir. Esse aeroporto serve para importação e exportação de produtos com valor agregado, além de atender o setor de turismo”, apontou Amin.
Por outro lado, o ministro Tarcísio Freitas afirmou que no atual modelo de concessões do governo federal, é preciso conciliar investimento e demanda. “Não haverá demanda não atendida. O trabalho de desapropriação não se perde. Havendo a necessidade, vamos disparar o gatilho e faremos a segunda pista. A área já está lá e não há nenhum tipo de risco”, alegou.
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Um grupo de trabalho liderado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, foi formado junto com a procuradoria-geral de Santa Catarina, o Ministério da Infraestrutura e a CCR, empresa que venceu a concessão do aeroporto em abril. O governo do estado questiona na justiça a retirada da obrigatoriedade de construção da segunda pista do edital de licitação.
Segundo Tarcísio de Freitas, caso o grupo de trabalho chegue à comprovação da necessidade da segunda pista de Navegantes, ela será obrigatoriamente atendida pela concessionária.
O contrato de concessão do aeroporto de Navegantes prevê um investimento de R$ 600 milhões para ter sua capacidade anual de 1,8 milhão de passageiros ampliada para 8 milhões, com o consequente aumento da capacidade de carga de produtos e mercadorias que, segundo o ministro, acontece em maior parte nos porões das aeronaves comerciais de passageiros.