MIGRAÇÃO

Baleias jubarte se aproximam da costa de Itajaí e dão um show

Três grandonas da mesma espécie estão de passagem entre as praias da Atalaia e Cabeçudas

Baleias nadavam perto da entrada do canal portuário em Itajaí (Foto: João Batista)
Baleias nadavam perto da entrada do canal portuário em Itajaí (Foto: João Batista)
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As baleias voltaram a dar show nas praias da região nessa segunda-feira, após passagem na costa também durante o fim de semana. No domingo, as grandonas foram avistadas no canto Norte da praia Brava, em Itajaí. Na segunda-feira, três delas passaram boa parte do dia na região entre Cabeçudas e o molhe da Atalaia, atraindo a atenção das pessoas que circulavam pela orla.

A presença das baleias também foi registrada em Penha. Elas foram avistadas no fim de semana no trecho da praia da Pedrinha, na praia do Quilombo. Na segunda-feira, elas ainda permaneciam na localidade. “Vimos três. Parece uma família”, relatou o morador Ricardo Gonçalves.

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Em Itajaí, as baleias foram percebidas pelos moradores logo pela manhã. Elas nadavam na região perto da entrada do rio Itajaí-açu, junto às boias da sinalização do canal portuário. Uma delas chegou a se afastar das outras e ir até o canto da praia de Cabeçudas, voltando a se juntar mais tarde. A passagem das baleias atraiu pessoas aos molhes e às calçadas no caminho  pra Cabeçudas.

A equipe do projeto de monitoramento das praias da Univali, que faz atendimentos em terra de animais encalhados na região, informou que acompanha a passagem das baleias pela costa. Segundo o projeto, se trata de várias baleias, todas da espécie jubarte, que estão em processo migratório.

De acordo com o diretor de pesquisa do projeto Baleia Jubarte, o médico veterinário Milton Marcondes, a recuperação populacional da espécie explica porque elas estão sendo mais vistas no litoral neste ano. No Brasil, a população das grandonas já passa dos 20 mil indivíduos, num processo de crescimento que está ligado às medidas de conservação, pesquisa científica e educação ambiental.

“A espécie foi muito caçada. A gente tem a estimativa que, na década de 60, tenham sobrado algo como 500 a 800 baleias, mas, ao longo do tempo, pelas medidas de conservação, a população vem se recuperando”, informa. “Em algum momento, essa população vai tender a se estabilizar, mas, por enquanto, ela segue crescendo”, completa.

O litoral catarinense é corredor migratório para as baleias jubarte. Elas normalmente rumam em direção ao norte para se reproduzir, principalmente na região de Abrolhos, na Bahia. Além da recuperação populacional, uma elevação de até 1,3 grau acima do normal, na temperatura do mar, também estaria influenciando a aparição incomum das jubartes mais próximo das praias neste ano.

MP investiga uso de redes ilegais em Itajaí

Redes ilegais de pesca podem provocar encalhes e levar animais à morte

A 10ª promotoria de Justiça de Itajaí, que atua na área do Meio Ambiente, está com uma investigação aberta para apurar a existência de redes ilegais de pesca colocadas nos rios, nos molhes e nas  praias de Itajaí.

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O caso está em andamento e tem por base denúncias de redes clandestinas nas praias Brava, Cabeçudas e Atalaia. Algumas redes ilegais já foram encontradas e retiradas, neste ano, em trechos das praias no canto do Morcego e perto do farol de Cabeçudas.

Conforme o instituto Anjos do Mar, formado por voluntários, foram apreendidas 16 redes entre o canto do Morcego, Cabeçudas e os molhes de Itajaí e Navegantes, em trabalho conjunto com a polícia Militar Ambiental.

 

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Redes clandestinas são risco aos animais

Enquanto a caça predatória das baleias ainda é praticada em muitos países, em Santa Catarina, as redes ilegais de pesca estão entre as principais ameaças aos animais. Na semana passada, uma jubarte fêmea, em idade juvenil, com 7,25 metros de comprimento e 5,5 toneladas, foi encontrada encalhada já em avançado estágio de composição na praia do Plaza, em Itapema.

Era o mesmo animal que, no dia anterior, tinha sido avistado boiando no costão da praia de Taquaras, em Balneário Camboriú, e que foi levado rumo ao sul pela maré. Apesar de não ser possível confirmar a causa da morte, o animal tinha lesões compatíveis com o contato de cabos usados em redes de pesca.

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Só neste ano, o projeto de Monitoramento de Praias registrou o encalhe de 15 jubartes, parte delas já mortas, na área monitorada entre o litoral de Santa Catarina e do Paraná. A maior parte dos animais tinha marcas pelo corpo que apontam terem ficado presas em redes de pesca.

Na tarde de quinta-feira, seis baleias e um pinguim foram avistados na costa de Balneário Camboriú, durante fiscalização das equipes da secretaria do Meio Ambiente e da Guarda Ambiental. O grupo encontrou duas redes clandestinas de pesca, uma delas na praia Central, perto de um grupo de três baleias, e outra na região da praia do Buraco, próximo ao morro do Careca.

Mais de 50 redes ilegais já foram apreendidas desde o início da temporada de pesca da tainha, em maio, pela fiscalização em Balneário.



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