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Campanha fará alerta contra “escolha” de vacina da covid-19

Preferência das pessoas pelas doses da Pfizer não tem justificativa científica; orientação é se vacinar com doses disponíveis

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Órgãos de saúde e prefeituras informam que todas as vacinas são eficazes e eventuais reações são monitoradas (Foto: Divulgação/Secom SC)


A diretoria da Amfri prepara uma campanha para estimular a vacinação na região e orientar as pessoas que tem deixado de se vacinar por preferirem as doses da Pfizer em relação as da Coronavac e AstraZeneca. A ideia é destacar a importância da vacinação, independentemente da marca, e incentivar ainda a procura pela segunda dose. No estado, o governo lançou a campanha “Eu escolhi ser vacinado”, também reforçando as orientações.

A “escolha” pela vacina da Pfizer tem sido um problema enfrentado pelos municípios país afora, diante da alegação de menos reações adversas e mais eficácia que as outras. Os municípios da região não têm registros de recusa, mas confirmam que o comportamento de querer “escolher” a vacina está ocorrendo. Segundo a Amfri, há casos de pessoas que se negaram a tomar a vacina disponível nos postos porque não era a da Pfizer.

A entidade diz que a imunização é importante e que todas as vacinas têm eficácia contra a covid. “Há uma grande preocupação de todos os municípios da Amfri em relação a essa questão, de muitos não tomarem a segunda dose, e de outros não tomarem nem a primeira por não aceitarem tomar a vacina disponível”, conta o presidente da associação, Emerson Stein.



A campanha da Amfri ainda está sendo planejada e poderá ser feita em conjunto com as associações de municípios do Médio e Alto Vale do Itajaí. As entidades já têm ações articuladas pela prevenção do coronavírus na região, com a produção de vídeos de conscientização e orientações pelas redes sociais. A questão será tratada em assembleia geral com os prefeitos da Amfri na próxima sexta-feira.

Os possíveis casos de reações à vacina são acompanhados pela diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive), segundo informou a secretaria Estadual de Saúde. Até o momento, segundo o órgão, os casos analisados são considerados muitos comuns, com intensidade de leve a moderada, como dor no local de aplicação e dores no corpo e na cabeça.

Conforme a secretaria, uma reação adversa pós-vacinação pode ocorrer com qualquer vacina. “Entretanto, como as vacinas contra o novo coronavírus são recentes, esse acompanhamento é fundamental para saber o que, de fato, pode ser considerado um Evento Adverso Pós-Vacinação que merece uma atenção especial”, informa.


Todas as vacinas são seguras

Diante da “preferência” pelas doses da Pfizer, em Itajaí a secretaria de Saúde divulgou material orientando que todas as vacinas ofertadas – entre Pfizer, Coronavac e AstraZeneca – são aprovadas, seguras e eficazes contra a covid-19.

“Em função da quantidade limitada de doses, não é possível escolher qual imunizante tomar, mas todos passaram por estudos e foram aprovados para uso. Neste momento, o mais importante é estar protegido contra a doença”, ressalta a diretora da vigilância Epidemiológica de Itajaí, Paola Vieira.

De acordo com a diretora, é normal que surjam alguns efeitos colaterais, como dor de cabeça, dor no corpo, fadiga, febre e sensibilidade no local da aplicação. Estes sintomas são comuns também em outros tipos de vacinas já aplicadas no país e, segundo especialistas, desaparecem após alguns dias.

Sobre a procura pela segunda dose, o município informa que o percentual de não comparecimento é bem baixo. Entre os idosos com 60 anos ou mais, apenas 1,31% ainda não fez a segunda aplicação, representando 175 pessoas pra dose de Coronavac. Para a vacina da Astrazeneca, 100% tomaram a segunda dose.


Em Balneário Camboriú, a secretaria de Saúde faz chamadas coletivas para quem ainda não tomou a segunda dose. O índice de não-comparecimento é de apenas 0,1% dos vacinados com a primeira aplicação.

 

“Escolher qual vacina tomar é um ato de egoísmo”, diz médica

Amfri quer incentivar moradores a se imunizarem, independente da marca da vacina disponível (foto: divulgação)


De acordo com a professora Ana Angélica Steil, doutora em imunologia, existem grandes diferenças na plataforma de preparo das vacinas. “Porém, em termos de eficácia, todas têm se mostrado eficientes para inibir óbitos e casos graves da doença. Em termos populacionais, não faz diferença qual vacina você recebe, o importante é ter o máximo de pessoas vacinadas”, ressalta.

A médica observa que a vacina da Pfizer pode parecer mais eficaz por ser bem específica, mas destaca que, com o surgimento de novas variantes, é possível que esta vacina perca a eficácia e a Coronavac continue tendo alguma eficácia.

“Ao meu ver, neste momento, escolher qual vacina vai tomar é um ato de egoísmo. Precisamos pensar no todo e não no individual, pois neste assunto de vacinas, a proteção individual depende da proteção coletiva e da redução da circulação do vírus”, avalia.

Em nota pública, a diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive) alertou que “não se deve escolher a vacina, mas escolher a vacinação”. O órgão reforçou que o fundamental é que a imunização alcance o maior número de pessoas, pois só com mais de 70% da população vacinada é possível interromper a circulação do vírus.

“Quem não se vacina ou atrasa a vacinação esperando uma determinada vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças”, informa da Dive.

Em Santa Catarina, quase 29% da população já tomou a primeira dose, enquanto a segunda dose foi aplicada em 10% dos catarinenses. No total, são 2,7 milhões de doses aplicadas. 


 

Conheça as vacinas

Coronavac

É produzida pelo instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, apresenta 98% de eficácia na prevenção de mortes e 96% em internações por covid-19. O imunizante é feito de vírus inativado, que não é capaz de causar a doença.

Pfizer

A vacina da norte-americana Pfizer, desenvolvida com a BioNTech, apresentou 95% de eficácia a nível mundial e também se mostrou eficaz contra as variantes identificadas  no Reino Unido e na África do Sul. A vacina foi produzida com técnicas de engenharia genética, sem usar grandes quantidades de vírus na formulação.

AstraZeneca

Criada  pela universidade Oxford e produzida no Brasil pela Fiocruz. Tem eficácia 76% a 81% após a segunda dose. O imunizante usa partículas virais de adenovírus e não é capaz de causar a doença. A aplicação está suspensa para gestantes e mães de recém-nascidos com comorbidades,  até a conclusão de estudos.

 




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