CASO MARIANE
Justiça mantém preso trio acusado do assassinato
Juiz decide que pastor, amante e outro acusado do crime vão ficar presos
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O juiz Juliano Rafael Bogo, da 2ª Vara Criminal de Itajaí, decretou a prisão preventiva de Joedison Souza dos Santos, 40 anos, o pastor Jota, da amante dele, a Tatá, e do genro dela. Os três são acusados pelo assassinato de Mariane Quele Carmo dos Santos, 35 anos. O quarto envolvido no crime é menor de idade e desapareceu.
O promotor Luiz Eduardo Couto de Oliveira Souto pediu a conversão da prisão temporária em preventiva justamente porque Tatá e o genro fugiram após o corpo de Mariane aparecer no rio Itajaí-açu.
O juiz acatou os argumentos da promotoria e entendeu que o trio deve continuar preso para “manter a ordem pública e a instrução processual”, além de evitar que eles fujam novamente.
Os três respondem por assassinato com agravantes da motivação fútil, execução mediante pagamento, uso de meio cruel e sem chances de defesa da vítima. O pastor responderá ainda pelo feminicídio.
Mariane foi morta com 25 facadas no dia 8 de abril, quando pegou uma carona com a vizinha e amiga Tatá. Ela recebeu as facadas dentro do carro, pelas costas, e teve o corpo largado no rio Itajaí-açu, perto da ponte de Navegantes.
As facadas foram dadas pelo genro de Tatá e pelo sobrinho dela, que é o menor de idade. O carro usado no crime foi abandonado no morro do Leiteiro.
Embora o crime tenha sido executado em abril, o pastor Jota e a amante planejavam o assassinato desde o início de março. O casal tinha um relacionamento extraconjugal há mais de quatro anos e queria se livrar de Mariane para ficar com o patrimônio da vítima. O genro e o sobrinho de Tatá receberam R$ 2500 para matar Mariane.