O sonho de morar na praia e o investimento em qualidade de vida
Empreendimentos arrojados e paisagens naturais são os diferenciais
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Balneário é reconhecida pela qualidade urbana e pujança da economia {Foto: Clayton Oliveira}
Balneário Camboriú tem vida urbana e muitas paisagens naturais {Foto: João Batista}
Itajaí também aparece como fonte de inspiração pra quem busca um imóvel na praia {Foto: Marcos Porto}
Morar na praia é um sonho de consumo que vem se tornando cada vez mais realidade. Essa tendência se consolida pela melhora da infraestrutura dos municípios litorâneos, pelo aumento no padrão dos imóveis e também pela mudança de hábitos dos brasileiros. Os municípios costeiros não agregam todas as comodidades de uma metrópole, mas têm qualidade de vida. Item cada vez mais apreciado. Diante dessa realidade, cidades como Balneário Camboriú e Itajaí se tornaram fonte de inspiração para quem procura um imóvel na praia e busca infraestrutura e mobilidade urbana.
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O cartão postal urbano da região [com seus modernos e arrojados condomínios], em conjunto com as paisagens naturais e áreas de mata atlântica nativa preservada que a região oferece, aliadas ...
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O cartão postal urbano da região [com seus modernos e arrojados condomínios], em conjunto com as paisagens naturais e áreas de mata atlântica nativa preservada que a região oferece, aliadas à orla de areias claras e águas cristalinas, fazem do litoral norte catarinense um dos principais destinos turísticos do Brasil. Inclusive, procurado por um terço dos estrangeiros que visitam o país em viagens de lazer.
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Essas características auxiliam no desenvolvimento da região, fazendo com que o metro quadrado dos imóveis seja um dos mais valorizados do Brasil. A região conta com empreendimentos de alto padrão prontos para morar ou em construção. “É significativo o aquecimento nas vendas do segundo semestre do ano passado para cá, com maior procura pelos apartamentos à beira-mar”, diz o especialista em mercado da Tonadri Conexões Imobiliárias, de Balneário Camboriú, José Antônio Roncaglio.
Esse avanço foi alavancado pela queda na taxa de juros para 2% ao ano [2020] e também pelo fenômeno da pandemia. “A necessidade de isolamento social fez com que as pessoas ficassem mais em casa, e esse fator despertou a necessidade de mudança para apartamentos maiores e melhores”, explica Roncaglio. Aliado a isso, vem o fator investimento. “O mercado imobiliário continua sendo o investimento mais seguro e rentável”, opina.
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Inclusive, esse cenário fez com que muitas incorporadoras antecipassem lançamentos para atender a crescente demanda. Realidade que tende a melhorar com investimentos do poder público em infraestrutura urbana e também pelo alargamento da faixa de areia de Balneário Camboriú. Roncaglio também defende a revitalização do calçadão como crucial.
O arquiteto e coordenador do Curso de Arquitetura da Univali, Carlos Alberto Barbosa de Souza, diz que Balneário Camboriú é conhecida nacionalmente e mesmo no exterior pela qualidade e pujança de sua economia e, principalmente, pelos aspectos que englobam a forte indústria da construção civil. “As edificações de grande altura na beira do mar são também exemplos estudados no mundo de engenharia. A grande densidade que a cidade apresenta lhe dá uma vida urbana invejável, que não acontece em outros lugares”, avalia o professor.
Por outro lado, segundo o arquiteto, estes fatores são finitos, pois dependem do território, e Balneário Camboriú é um dos menores municípios do estado. “A cidade deveria repensar sua matriz econômica e também sua ocupação territorial. Roncaglio vai mais longe e defende a implementação do masterplan desenvolvido pelo Escritório de Arquitetura Jaime Lerner para a cidade e mais investimentos em infraestrutura básica. “A iniciativa privada vem fazendo a lição de casa e investindo em equipamentos turísticos que agregam valor ao destino. O poder público também precisa fazer sua parte.”
Mais de 1,33 milhão de m² em obras
A construção civil em Balneário Camboriú teve mais de 1,33 milhão de metros quadrados em projetos aprovados nos últimos cinco anos. O maior número foi registrado em 2019 [388,98 mil metros quadrados]. No ano passado foram aprovados 372,66 mil e, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 45,37 mil metros quadrados.
“Somos uma cidade verticalizada e isso traz muitos benefícios, como o desenvolvimento do setor de serviços ao redor das regiões já consolidadas”, diz o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Balneário Camboriú, Nelson Nitz. A preservação das áreas verdes no entorno da cidade [que evita a migração para as regiões periféricas] e a possibilidade da concentração de investimentos em infraestrutura, são apontados por Nitz como fatores que contribuem para o crescimento do setor na cidade.
Viver bem é uma tendência
Viver perto da praia pode garantir menos poluição visual e sonora e significativa redução no estresse diário, mas sem monotonia. Essa vem sendo a opção de moradores de grandes cidades. Estatísticas publicadas pela Datastore, especializada em pesquisas de demanda para o setor imobiliário, confirmam a tendência.
Em 2019, a intenção de compra para imóveis no litoral era de 20% [com 31% optando pela compra em até 12 meses]. Em 2020, a empresa registrou número parecido na intenção de compra, de 21%, mas com 47% dispostos a compra imediata. O principal motivo é que a casa de praia assumiu papel duplo – lazer e moradia definitiva.
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Ainda segundo os estudos divulgados pela Datastore, as cidades de Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí aparecem como polos regionais de produtos de segunda residência, ao lado de Torres e Capão da Canoa/RS, e praias do litoral norte paulista, litoral sul carioca e litoral norte baiano.
A consultoria destaca que essa clientela é formada por pessoas com renda consolidada e que não têm mais necessidade de morar perto do trabalho, ou seja, “um grupo que trabalha com serviços e tem necessidades mínimas de encontros presenciais para produzir sua renda.”