QUARTO AUMENTO DO ANO

Gasolina já passa dos R$ 5 na região

Mudanças na Petrobras não devem modificar de imediato os valores na bomba, segundo explicam os analistas

São poucos os postos da região que ainda não estão cobrando R$ 5 pelo litro da gasolina {Foto: João Batista}
São poucos os postos da região que ainda não estão cobrando R$ 5 pelo litro da gasolina {Foto: João Batista}
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A mudança anunciada  pelo governo federal no comando da Petrobras pra tentar frear a alta nos combustíveis não deve impactar de imediato nos preços para o consumidor, segundo representantes do setor e especialistas ouvidos pelo DIARINHO. A tendência, no entanto, é por uma estabilidade, com a perspectivas de alterações na política de preços da estatal. 

Na última quinta-feira, a Petrobras anunciou o quarto reajuste seguido no preço da gasolina e o terceiro consecutivo no diesel em 2021. Desde janeiro, a gasolina vendida pela empresa acumula uma alta de 34,7% e o diesel, 27,7%. Em Santa Catarina, o litro da gasolina nas bombas passava dos R$ 5 antes do último aumento, conforme a pesquisa da agência Nacional de Petróleo (ANP) até o dia 13. Uma nova pesquisa será divulgada nesta terça-feira e deve medir os impactos nos postos após o reajuste da semana passada.   

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O avanço nos preços dos combustíveis fez o presidente Jair Bolsonaro trocar a presidência da Petrobras. O general Joaquim Silva e Luna foi indicado  para comandar a empresa no lugar de Roberto Castello Branco. O anúncio teve repercussão negativa de investidores, analistas e lideranças políticas, além de provocar queda nas ações da estatal, que perdeu quase R$ 29 bilhões em valor de mercado depois da intenvenção do presidente.   

O general Joaquim Silva e Luna é diretor da usina de Itaipu e será o primeiro militar a assumir a estatal desde 1989. O nome dele precisa passar pela aprovação do conselho de Administração da Petrobras. O conselho é presidido por uma militar – o almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira – e tem outros militares na composição, também indicados pelo governo. O grupo deve discutir a troca em reunião nessa terça-feira.   

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Para o professor da Univali Jairo Romeu Ferracioli, economista e mestre em Relações Econômicas, o cenário de mudanças tem alguns prós e contras, mas ele lembra que a indicação do presidente da Petrobras é sempre o presidente da República quem faz. “Qualquer mudança de comando, gera essa discussão do que é interferência ou não. [Essa indicação] pode ser encarada como um novo alinhamento da política governamental”, analisa, prevendo uma alteração na composição dos preços dos combustíveis. 

Jairo observa que a reação do mercado à troca é natural mas essa recomposição acaba sendo absorvida. Apesar de a política de preços ser alterada, considerando que o país produz mais de 80% do petróleo que precisa, o professor ressalta que qualquer mudança afeta os custos de outros serviços e produtos. “O momento em que vivemos, de pandemia, inflação, falta de matéria-prima, nos leva a ter um certo cuidado com setores sensíveis como o de combustíveis, que afeta diretamente o de transportes e assim vai,” completa.

Nova alta já reflete nas bombas   

O último reajuste nos preços dos combustíveis nas refinarias, de 10,2%, já reflete nas bombas para os consumidores do país inteiro. O percentual representa uma alta de R$ 0,22 no litro da gasolina, se o repasse pelas empresas for integral.   

Na região, o preço do litro da gasolina comum também já passa dos R$ 5, após ficar na faixa dos R$ 4,80. Em Balneário Camboriú, tem postos vendendo o combustível a R$ 5,09, enquanto outros variam entre 4,97 e R$ 4,99. As margens da BR-101, o litro da gasolina chegou a R$ 5,19, segundo relataram motoristas. 

Em Itajaí, em postos consultados pelo DIARINHO a gasolina ainda se mantém abaixo dos R$ 5, mas a diferença é pouca. Um dos preços mais baixos é de um posto na avenida Osvaldo Reis, com a gasolina a R$ 4,96.   

Há duas semanas, o preço médio do combustível em Santa Catarina ficava entre R$ 4,51 e R$ 4,88, conforme levantamento da ANP. Mesmo antes do aumento da semana passada, alguns postos, como em São José, já vendiam a gasolina a R$ 5,04 o litro.

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A Petrobras tem reafirmado que a política de preços segue o mercado internacional, com variações conforme a cotação do barril do petróleo e do dólar, o que manteria o país atendido sem risco de desabastecimento.

Preço que é bom não deve baixar

O presidente do sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região (Sincombustíveis), Giovani Testoni, não prevê um impacto direto nos preços num primeiro momento com a troca de comando da Petrobras, a não ser que a empresa mude sua política de preços, que hoje acompanha o mercado internacional. 

“No meu ver, não há perspectiva de queda rápida, a menos que se mexa na composição de tributos, o que seria ruim para estados e municípios, bem como o próprio governo federal, ou a Petrobras voltar a subsidiar o preço pra mantê-los mais baratos, descolando do mercado internacional”, analisa. O governo promete mexer na tributação do combustível, incluindo proposta de zerar o imposto sobre o diesel e o gás de cozinha. 

Giovani disse que a ingerência do presidente da República na Petrobras, sem uma reunião prévia com o conselho de Administração, deve ser ruim para a estatal, que já confirmou perdas de valor das ações no mercado. Ele frisa que é difícil prever o que acontecerá, mas avalia que as possíveis mudanças poderão prejudicar as empresas do setor, principalmente as que importam combustível refinado, que perderiam competitividade.   

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“Eu entendo a boa intenção do presidente da República, porém, é um mercado muito volátil que mexe diretamente com toda economia nacional, atingindo diretamente toda população”, considera. Para o professor Jairo Romeu Ferracioli, da Univali, as propostas do governo têm potencial de, ao menos momentaneamente, frear a alta dos preços. “Não acredito numa disparada de preço no mercado internacional e nem numa alta do dólar”, afirma. 

Ele analisa que a tendência é para uma estabilidade, com a mudança de política, mas ressalta que o preço do barril no mercado internacional e a variação do câmbio são de extrema importância. “O que temos que repensar é uma nova política energética para o país, carros elétricos, uso intensivo de outras fontes de energia, como o álcool”, analisa. 




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