Câmara libera indenizações a duas construtoras de Balneário
Pagamento será feitos às empresas das famílias do vice-prefeito e de vereadora
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Os vereadores de Balneário Camboriú aprovaram, em sessão extraordinária, dois projetos de lei que permitem que o município banque indenizações a construtoras da cidade pela desapropriação de terrenos que serão usados no prolongamento da avenida Martin Luther. Os dois projetos foram aprovados pela maioria dos parlamentares na tarde de ontem.
O projeto de lei 145 autorizou o município a indenizar a construtora Silva Packer Construtora em R$ 1,2 milhão. A construtora é da família do vice-prefeito Carlos Humberto [PL]. Já o projeto 141 vai garantir o pagamento de R$ 3,2 milhões para a construtora Nitz Holding Ltda, que pertence à família da vereadora Juliethe Nitz [PL].
Continua depois da publicidade
Somente o vereador André Meirinho [Progressistas] foi contrário ao pagamento da indenização à construtora Silva Packer. Os vereadores Elizeu Pereira [MDB], Joceli Nazari [Cidadania], Leonardo Piruka [Progressistas], Marcelo Achutti [MDB], Moacir Schmidt [PSDB], Nilson Probst [MDB] e Roberto Junior de Souza [Podemos] se ausentaram da votação.
A indenização à construtora Nitz teve mais votos contrários. Além de Meirinho, foram contra o projeto os vereadores Elizeu Pereira [MDB], Leonardo Piruka [Progressistas] e Nilson Probst [MDB]. Os vereadores Asinil Medeiros [PL], Marcelo Achutti [MDB] e Moacir Schimidt [MDB] se ausentaram da votação.
Continua depois da publicidade
Os terrenos das duas construtoras serão utilizados para a execução do plano de Mobilidade Urbana, que prevê o prolongamento da avenida Martin Luther. O município ainda não divulgou a data de início da obra.
O vereador Nilson Probst diz que achou descabida uma sessão extraordinária para tratar do assunto. “Terreno particular, que o município toma de alguém, precisa fazer o devido pagamento. Eu sou contrário ao fato de a matéria não ter sido votada nas sessões ordinárias. Dois pagamentos de terrenos, que não tem a devida urgência, que não irão iniciar as obras antes da metade do próximo ano... Neste sentido, achamos que é um absurdo uma sessão extraordinária”, criticou.
A prefeitura de Balneário Camboriú não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento desta matéria.