Santa Catarina segue com a maior expectativa de vida do país

Conforme os dados do IBGE, os nascidos no estado têm chance de chegar aos 79,9 anos; mulheres vivem mais

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Santa Catarina segue com a maior expectativa de vida do país, segundo dados do IBGE divulgados na quinta-feira. As pessoas que nascem no estado têm chance de chegar aos 79,9 anos, conforme estimativa, representando 3,3 anos a mais em relação à média nacional. A expectativa de vida dos catarinenses também aumentou em dois meses em relação à estimativa anterior, de 2018, com Santa Catarina mantendo a liderança da longevidade no Brasil.

O estado é seguido do Espírito Santo (79,1 anos), São Paulo e Distrito Federal (ambos com taxa de 78,9 anos) na lista do IBGE, enquanto que os estados de Rondônia (71,9), Piauí (71,6) e Maranhão (71,4) figuram entre os últimos com as menores expectativas. Conforme o IBGE, a estimativa de vida vem crescendo no país desde 1940, quando a média nacional era de apenas 45,5 anos.

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A estimativa também avalia a esperança de vida a partir dos 60 anos. Nesse fator, Santa Catarina só perde para o Espírito Santo. Os catarinenses que atingem 60 anos de idade têm chance de viver mais 24,2 anos e os que chegam aos 65 tem expectativa de viver mais 20,3 anos, podendo alcançar aos menos 85,3 anos de vida.

As estimativas são usadas como parâmetros pra definição de políticas públicas e benefícios sociais, como para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias. As novas regras de aposentadoria trazidas pela reforma da Previdência foram feitas com dados sobre a expectativa de vida dos brasileiros.

Mulheres vivem mais

Em Santa Catarina, as mulheres vivem, em média, 6,5 anos a mais que os homens, com expectativa de vida ao nascer de 83,2 anos, contra 76,7 anos deles. A diferença acompanha o cenário do país, em que elas vivem sete anos a mais que os homens.

Tantos os homens como as mulheres catarinenses têm as maiores esperanças de vida do país, com taxas acima da média nacional, que é de 80,1 anos pra mulheres e 73,1 para homens.

O IBGE ainda aponta a probabilidade de uma mulher e de um homem que atingem 60 anos chegarem aos 80. A cada mil mulheres de 60 anos em SC, a chance é de que 723 delas cheguem aos 80. Os homens sexagenários têm chances menor no estado. A cada mil deles, 574 alcançariam a marca dos 80 anos.

Conforme o IBGE, a chance das pessoas com 60 anos chegaram aos 80 aumentou 84% entre 1980 e 2019 no estado. Em 1980, a relação era de 354 a cada mil catarinenses. Em 2019, foi de 651 pessoas por mil. É o segundo maior índice do país, que tem média de 604 a cada mil brasileiros.

A diferença da expectativa de vida entre homens e mulheres é mais acentuada conforme a idade. Em 2019, um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher na mesma idade. O maior salto na mortalidade masculina ocorre na faixa dentre 15 e 34 anos, ligada às mortes por causas não naturais, como assassinatos e acidentes.

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Mortalidade de meninos é a menor do país

O levantamento do IBGE também traz a taxa de mortalidade infantil, que estima a chance de um recém-nascido morrer antes de completar um ano de vida. Santa Catarina aparece no ranking com a 3ª menor taxa, 8,4 mortes a cada mil crianças que nascem. O estado fica atrás apenas do Espírito Santo (7,8) e Paraná (8,2). A média nacional é de 11,9. O Amapá tem a pior taxa do país: 22,6.

A mortalidade infantil feminina é menor que a masculina no Brasil. Em Santa Catarina, a taxa é de 7,8 das meninas contra 8,9 dos meninos. O índice das mortes de meninos no estado, no entanto, é o menor do país, que tem média de 12,8. A taxa de mortalidade feminina catarinense também está entre as melhores do Brasil, sendo a terceira menor, com Espírito Santo e Paraná à frente.

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Os índices de mortalidade infantil no estado mantiveram o ritmo de queda dos últimos anos. A taxa vem caindo desde 2014, quando a estimativa era de 10 mortes a cada mil crianças nascidas.

Viver mais e melhor

Em Balneário Camboriú, que tem cerca de 30 mil idosos, o que representa mais de 20% da população, a advogada Beatriz Rodrigues Campos, de 76 anos, é reconhecida como exemplo de envelhecimento ativo e saudável. Natural de Minas Gerais, ela viveu a maior parte do tempo no Rio de Janeiro, e mora há quatro anos em Balneário, onde atua como voluntária na Casa da Mulher e em projetos da secretaria de Inclusão Social.

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Beatriz trabalhou por 15 anos como professora de direito imobiliário e por outros 35 como advogada. Com seu conhecimento e experiência, ela ajuda idosos com orientações jurídicas e organiza eventos da Casa da Mulher. Ela destaca que, independentemente da idade, o importante é sempre se manter ativa.

“O que não posso fazer é parar”, ensina. “Agora estou numa tristeza, porque não se pode fazer festas”, lamenta, sobre as restrições da pandemia, lembrando os bailes que chegavam a reunir mais de 200 idosos. Beatriz ressalta que Santa Catarina é um  exemplo para o Brasil, com condições pra se viver e bons serviços nas áreas de saúde e segurança, e Balneário, em específico, tem políticas públicas de referência, como o núcleo de Atenção ao Idoso e o programa Abraço.

Mas a longevidade e a qualidade de vida, segundo avalia a advogada, também dependem das relações familiares. “A coisa que faz rejuvenescer não é remédio, é o contato com as crianças”, garante Beatriz, que convive com os netos de 10 e 14 anos, em Balneário, onde mora com uma das filhas.

Ela ainda tem um bisneto em Criciúma, que visita a cada duas semanas. “Existe uma reciprocidade de conhecimentos com as crianças. Elas amam ensinar e eu amo aprender com elas”, comenta. Embora neste ano tenha ficado mais em casa, Beatriz conta que gosta de conhecer novas cidades e faz as viagens de carro, que ela mesma dirige. 

 



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