Ocupação das UTIs e nível de contágio aumentam na região

Estado tem 13 das 16 regiões em situação gravíssima de coronavírus. Mapa não mudou na Amfri, mas teve alta nos indicadores

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situação da pandemia em Santa Catarina se agravou ainda mais. O novo mapa de risco de covid-19, divulgado na quarta-feira pelo governo estadual, mostra 13 das 16 regiões do estado em nível gravíssimo de contaminação. Apenas três regiões estão em nível grave, incluindo a Foz do Rio Itajaí, que permanece no mesmo grau, Extremo Oeste e Alto Uruguai, que foi a única que baixou na classificação.

Apesar de manter o mesmo grau de risco, a região da Foz do Rio Itajaí caiu quanto à capacidade de atenção, fator que mede a taxa de ocupação dos leitos de UTI. Em Itajaí, o hospital Marieta ...

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Apesar de manter o mesmo grau de risco, a região da Foz do Rio Itajaí caiu quanto à capacidade de atenção, fator que mede a taxa de ocupação dos leitos de UTI. Em Itajaí, o hospital Marieta Konder Bornhausen estava com 58% dos leitos intensivos ocupados até terça-feira, com 25 leitos vagos.

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Em Balneário Camboriú, que registrou lotação total das UTIs na semana passada, a ocupação era de 80% no centro municipal de Covid até terça. No hospital da Unimed, 13 dos 18 leitos de UTI estavam com pacientes infectados até a manhã de quarta-feira. A região também continua com pontuação alta na taxa de transmissibilidade e aumento nas mortes.

O número de pacientes com vírus ativo passou de mil pessoas em Itajaí, com 1.035 casos pelo boletim da noite de terça-feira. A cidade tem 190 mortes registradas por covid durante a pandemia. Já Balneário Camboriú segue liderando os casos ativos na região, com 1.178 pacientes em tratamento, a maior parte em isolamento domiciliar. O município tinha 109 mortes confirmadas na pandemia até terça. 

O nível gravíssimo na maior parte das regiões aponta a alta na taxa de ocupação dos hospitais, com média de 82,4% no estado, com 502 pacientes internados e 246 leitos vagos. A secretaria Estadual de Saúde informou que está reforçando as ações de enfrentamento à pandemia.

Campanhas educativas vão intensificar as orientações à população, em parceria com as prefeituras e poderes legislativo e judiciário. O estado também pretende melhorar o atendimento na rede básica pra ter o diagnóstico precoce e reforçar o monitoramento dos doentes. Ainda haverá mudanças na fiscalização, com a definição de regras mais claras.

Contágio em alta

O índice RT, que mede a taxa de transmissibilidade do coronavírus, está perto de 1,25 no estado, quando o ideal seria abaixo de 1. Acima desse patamar, o nível de contágio se acelera, com os doentes contaminando mais gente. No atual nível, a cada 100 pessoas que pegaram o vírus, ao menos outras 125 são infectadas pelo grupo.

Entre as 16 regiões do estado, 15 estão em situação gravíssima de transmissão. “O que significa que as pessoas estão circulando muito, estão se descuidando no distanciamento, no uso de máscara, na higienização das mãos, o que está impactando na transmissão do vírus e no adoecimento pela covid”, comenta a superintendente de Vigilância em Saúde do estado, Raquel Bittencourt.

Ela alerta que a aceleração do contágio pode saturar rapidamente os serviços de saúde. Pra evitar o colapso no sistema hospitalar, Raquel pede que as regiões em situação gravíssima tomem medidas restritivas pra frear a contaminação. Além do relaxamento geral das pessoas, ela observa que as grandes aglomerações, como as registradas em festas e nas praias, impactaram na alta do contágio.

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Segundo a secretaria Estadual de Saúde, ainda se espera o resultado dos aglomeros registrados nas eleições e nas comemorações de candidatos eleitos, cujos reflexos só serão sentidos a partir da semana que vem.

Aulas permitidas em regiões com risco grave

Com a atualização no mapa de risco, os planos de volta às aulas presenciais nas áreas que passaram de grave pra gravíssimo ficam suspensos, sendo permitidas apenas atividades de reforço com atendimento individualizado. Nas regiões com risco grave, como na foz do Rio Itajaí, as aulas presenciais estão permitidas por decisão judicial, após pedido da procuradoria-geral do Estado (PGE).

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Em Balneário Camboriú, das 18 escolas do ensino fundamental da rede municipal, 16 tiveram os planos de contingência homologados pelo comitê municipal, incluindo o Ceja e o projeto Oficinas. Outras duas unidades aguardam por ajustes no plano pra liberação. Na educação infantil, 25 de 27 creches foram aprovadas.

Em Itajaí, a secretaria de Educação informou que nenhuma unidade da rede municipal foi liberada pra volta às aulas. Pela rede estadual, apesar da autorização, a secretaria de Educação optou por retomar presencialmente só o apoio pedagógico em regiões graves, com aulas limitadas a 50% da capacidade da sala e mediante liberação dos pais.

Na rede particular, 69 escolas da região já têm os planos homologados, sendo 40 em Balneário, oito em Navegantes, oito em Itajaí, 11 em Itapema e duas em Porto Belo.

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A coordenadora regional de Educação, Cleonice Berejuk, informa que os planos de contingência estão passando por revisão junto aos comitês municipais, ainda sem nenhuma escola homologada. A revisão inclui ajustes sobre normas sanitárias e a necessidade de pessoal.

Mesmo após a aprovação, Cleonice observa que, para ter abertura de turma, é preciso ao menos cinco alunos. Com isso, a retomada está dependendo da avaliação dos pais. “Tem situações de escolas que os pais já não querem mais autorizar os filhos”, observa.

Sinte recorre

A suspensão das aulas havia sido determinada pelo desembargador Paulo Ricardo Bruschi, após ação do sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública do Estado (Sinte). A PGE pediu uma reconsideração na decisão, por medida da governadora interina Daniela Reinehr, e o próprio desembargador voltou atrás.

Com o despacho na segunda-feira, voltam a valer as normas sanitárias pra retomada das aulas nas áreas em risco grave. A aprovação do plano de contingência continua sendo exigida. Conforme o desembargador, o Sinte não comprovou que as políticas adotadas pelo Estado oferecem riscos à população, como a entidade alegava, embora a pandemia esteja em alta em Santa Catarina.

O mandado de segurança também não seria o recurso adequado contra a liberação. O Sinte discorda e iria recorrer da decisão ainda nessa semana. O sindicato quer que os pedidos da entidade sejam julgados pelo colegiado do tribunal de Justiça (TJSC), visando resguardar a saúde dos professores e alunos.



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