Arranha-céu de 32 andares vai sombrear a praia do Quilombo

Audiência pública virtual, aberta a todos, discute hoje sobre a liberação e os impactos do novo empreendimento

Audiência pública online nesta segunda-feira discute a liberação do residencial Coral Gables, um arranha-céu de 32 andares, da Vetter Empreendimentos, previsto na avenida Antônio Joaquim Tavares, no centro de Penha. De acordo com o estudo de Impacto de Vizinhança, o prédio vai provocar sombreamento sobre a restinga e a faixa de areia da praia do Quilombo, que fica a uma quadra da futura construção.

Lideranças comunitárias demonstram preocupação com o sombreamento da praia e os impactos do empreendimento na infraestrutura de Penha, principalmente quanto ao aumento da demanda por abastecimento ...

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Lideranças comunitárias demonstram preocupação com o sombreamento da praia e os impactos do empreendimento na infraestrutura de Penha, principalmente quanto ao aumento da demanda por abastecimento de água. O oceanógrafo Gilberto Manzoni, representante da Univali no conselho Municipal da Cidade (Concidade), reclama ainda da falta de divulgação da audiência pela prefeitura, comprometendo a manifestação da comunidade sobre o projeto.

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“Principalmente num empreendimento desses, que nós vamos ser agraciados com sombreamento na praia, na área de restinga”, critica. Gilberto lembra que nos últimos dois meses foram liberados mais três prédios em Penha, somando cerca de mil apartamentos. O Coral Gables é o primeiro que vai projetar sombra na praia e o mais alto naquela região. O conselheiro destaca que as liberações avançam diante de uma situação em que a cidade ainda sofre com a deficiência de água.

Gilberto reconhece que Penha tem um potencial turístico, mas avalia que a população precisa decidir se quer continuar sendo conhecida como centro de referência no turismo de uma cidade ainda sem sombreamento nas praias ou se quer parecer com outras cidades catarinenses com praias afetadas pelos arranha-céus. “No meu entendimento, não é sustentável esse tipo de empreendimento”, afirma.

O presidente da associação de Moradores da Praia do Quilombo, Marinho Alves, destaca que a entidade não é contra o crescimento da cidade. “Somos contra o crescimento desordenado com um prédio desta altura, que causará sombra na praia”, ressalta. O atual plano Diretor de Penha permite a construção do edifício no local mas o regramento está com a revisão atrasada. “O plano diretor da cidade está desatualizado há três anos e virou uma colcha de retalhos”, critica Marinho.

Torre com 83 apartamentos

A audiência pública será às 19h, em formato online. A discussão será transmitida pelo Youtube em link que seria colocado no site da prefeitura. O estudo de Impacto de Vizinhança do empreendimento está no site, dentro da página do conselho da Cidade.

A queixa do conselheiro Gilberto Manzoni é que o cidadão comum precisa ter “boa vontade e paciência” pra clicar em tantos links até chegar às informações.

O empreendimento prevê uma torre com 83 apartamentos, mais galeria com cinco lojas e um restaurante. O prédio ficará na esquina com a rua Serafim Inês Vieira, a 90 metros da praia do Quilombo. O estudo aponta sombreamento na praia e nas casas do entorno e redução da ventilação natural. “Esses impactos não ocorrerão continuamente, sendo apenas em alguns períodos do ano”, ressalva o documento.

O DIARINHO tentou contato com o presidente do Concidade e secretário de Administração, Jaylon Jander Cordeiro da Silva. Ele não atendeu as ligações e nem respondeu as mensagens da reportagem.

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Mesmo antes da temporada, já está faltando água

A estiagem no estado, embora mais grave no Oeste, tem reflexos na região e afeta o abastecimento de água em Penha. A captação nos rios do Peixe e Piçarras, que atende Penha e Balneário Piçarras, segue abaixo do nível normal. Segundo a concessionária que toca o serviço, manobras operacionais estão sendo feitas em todos os bairros pra não deixar a população sem água.

Mesmo assim, em alguns locais, como na rua João Manoel Patrício, no Quilombo, e na Praia Grande, a água da rede não chega há quatro dias, conforme reclamam moradores. A empresa orienta que, nesses casos, os usuários peçam o fornecimento por meio de caminhões-pipa.

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A empresa também pede que as pessoas priorizem a água pra consumo humano, evitando desperdícios.  A Casan emitiu alerta de economia nas cidades onde atende, como Piçarras, Barra Velha e Porto Belo. As previsões pros próximos dias são de poucas chuvas no estado, com tendência de a estiagem se agravar até o fim do mês, dificultando a recuperação dos mananciais.

Para reforçar o abastecimento em Penha na próxima temporada de verão, a concessionária trabalha na construção da estação de Tratamento de Água (ETA) no bairro Santa Lídia. A unidade promete captar água de uma lagoa e ampliar a vazão em 70 litros por segundo. Uma adutora ligará a nova estação ao reservatório do Mariscal, construído em 2019. Mesmo com a melhoria, Penha vai continuar dependendo da água recebida de Balneário Piçarras.

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