Itajaí

Comerciantes e moradores cobram a revitalização

Associação de comerciantes pede a regulamentação do espaço pra evitar conflitos

A associação de comerciantes e os moradores do entorno do calçadão da avenida Central, em Balneário Camboriú, buscam uma solução definitiva para garantir a segurança, a organização e a revitalização da área que fica entre as avenidas Brasil e Atlântica. Eles cobram a reforma do calçadão e a regulamentação de ocupação do passeio pra que a passagem de pedestres, o acesso de moradores e a entrada das garagens fiquem livres.

As queixas sobre o calçadão “trancado” se repetem a cada temporada. Apesar de melhorias na segurança, moradores e comerciantes concordam que a ocupação do calçadão está cada vez mais bagunçada, sendo preciso mais fiscalização e um regramento claro. De acordo com o morador de um dos prédios do calçadão, desde que os bares foram liberados a situação se complicou.

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“Ocuparam quase todo o calçadão onde ainda existem mais de 200 garagens e três hotéis. Os carros e os pedestres ficam se esbarrando enquanto os bares ocupam ostensivamente o espaço público, inclusive além da área permitida”, relata. A chefe de cozinha Sandra Chidiac, 64 anos, que é síndica de um condomínio, conta que quando o caminhão do gás entra, não passa mais ninguém. As mesas também bloqueiam o acesso aos prédios. Os problemas, afirma, desvalorizam os imóveis.

A vice-presidente da associação dos comerciantes e sócia do hotel Miramar, Cristiane Salles, destaca que é preciso organizar e dividir bem o espaço para acabar os conflitos. Dos 14 metros de largura do calçadão, os bares podem usar quatro metros, mantendo ainda dois metros de recuo da parede que seria pra passagem de pedestres. Mas na prática as pessoas circulam no meio do calçadão e a lateral acaba sendo usada pelos bares.

A revitalização e mudanças nas normas já foram discutidas com o município, mas os projetos não avançam, criando insegurança jurídica. “Se cobra muitos dos comerciantes mas o município não dá respaldo pra se investir”, avalia Cristiane, frisando que falta um plano contínuo.

O presidente da associação, João Maria dos Santos e Silva, lembra que a promessa de regulamentação vem desde 2011, sendo interrompida com as frequentes trocas de gestores e secretários. “Nós, como comerciantes, vamos obedecer o que for definido, mas a gente tá cansado de ouvir só propostas”, critica.

Fiscalização na temporada e revitalização no ano que vem

Para a próxima temporada, a prefeitura garantiu fazer mais fiscalizações no local, conforme reunião em outubro entre a associação e representantes da secretaria de Planejamento.

Segundo o diretor de fiscalização de posturas da secretaria, Wagner Basso, desde o encontro, os fiscais têm passado todos os finais de semana no calçadão e orientado bares, restaurantes e outros estabelecimentos que não estão respeitando as regras.

“Inclusive foram deixadas algumas intimações dando efeito imediato nas nossas ações”, informou. Até o momento não houve interdições. Apesar da medida, os moradores contam que alguns bares são resistentes às normas e os donos chegam a ameaçar os próprios fiscais.

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Quanto à revitalização, o secretário de Planejamento, Rubens Spernau, informa que existe a previsão de que o projeto Passeio Balneário seja estendido para a avenida Central no próximo ano.

O projeto Passeio Balneário envolve obras nas ruas 11 e 15 que são medidas compensatórias pela construção do empreendimento Harmony of the Seas, das construtoras J. A. Russi e grupo Riviera.

As obras nessas duas ruas que ficam no entorno do calçadão da Central já estão em andamento. O projeto prevê uma passarela ligando a rua 15 diretamente com a avenida Atlântica e um calçadão na rua 11.

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O município não confirmou se tem uma proposta alternativa caso o calçadão da avenida Central não seja incluído no projeto de compensação. A associação de comerciantes e os moradores não são contra a ideia, desde que as mudanças sejam discutidas com eles, que serão diretamente afetados.

Além de melhor organização do espaço, o grupo luta pra que o calçadão se torne um lugar atrativo, bem sinalizado e seguro. “Isso aqui deveria se tornar um ponto turístico”, conclui um morador.

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