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Itajaí

Entrevistão com os candidatos à prefeitura de Penha

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



Os quase 20 mil eleitores do município de Penha têm seis opções de candidatos à prefeitura da cidade. O prefeito Aquiles Costa (MDB) tenta a reeleição contra cinco opositores: Betão Roberto Maes (PT), Biano Souza (PP), o ex-prefeito Evandro dos Navegantes (PSDB), Gustavo Machado (PRTB) e o presidente do legislativo Isac da Costa (PL).

Para ajudar o eleitor a escolher quem deve governar a cidade nos próximos quatro anos, a jornalista Franciele Marcon sabatinou os seis candidatos. Eles falaram sobre o problema crônico da falta de água na temporada de verão, a inexistência de saneamento básico, a baixa balneabilidade das praias, a necessidade de novos atrativos turísticos e sobre os problemas da saúde e da educação básica. As fotos são de Fabrício Pitella. As entrevistas também estão disponíveis, em texto e vídeo, na íntegra, no site www.diarinho.com.br e nas nossas redes sociais @diarinho. Confira!

Aquiles Costa (MDB)

Raio X



NOME: Aquiles S. da Costa (MDB)

NATURAL: Itajaí

IDADE: 38 anos


ESTADO CIVIL: Casado

FILHOS: três

FORMAÇÃO: em Logística e pós-graduação em Gestão Pública 

TRAJETÓRIA POLÍTICA: Funcionário público desde 2002, vereador em 2008, presidente do ParlaAmfri em 2011, secretário da ADR em 2015, eleito prefeito de Penha em 2016.

 


Nós preparamos a cidade pro grande salto de desenvolvimento que ela vai ter” - Aquiles Costa (MDB)

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Beto Maes (PT)

Raio X

NOME: Roberto Maes (Betão) (PT)

NATURAL: Florianópolis


IDADE: 40 anos

ESTADO CIVIL: Divorciado

FILHOS: Não 

FORMAÇÃO: Técnico em Segurança do Trabalho

TRAJETÓRIA POLÍTICA: Filiado ao PT desde 2011, concorreu em 2012 como candidato a vereador e foi Presidente do Diretório Municipal do PT de 2013 até 2017.

 Nosso projeto para educação de Penha é a eleição direta dos diretores das escolas” - Beto Maes (PT)


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Biano Souza (PP)

Raio X

NOME: Fabiano Straube de Souza (Biano) (PP)

NATURAL: Alegrete (RS)

IDADE: 44 anos

ESTADO CIVIL: Casado

FILHOS: uma

FORMAÇÃO: Superior incompleto

TRAJETÓRIA POLÍTICA: assessor de vereador, assessor de deputado federal e estadual, assessor de prefeito, assessor de secretário ADR e diretor saúde sanitária.

O mundo fala em sustentabilidade. E Penha não fala. Ela está atrasada e faz muito tempo” - Biano Souza (PP)
https://vimeo.com/466784506

 

Evandro Eredes (PSDB)

Raio X

NOME: Evandro Eredes dos Navegantes (PSDB)

NATURAL: Itajaí

IDADE: 42 anos

ESTADO CIVIL: Casado

FILHOS: dois

FORMAÇÃO: Bacharel em Ciências Contábeis (Univali)

TRAJETÓRIA POLÍTICA: vereador entre 2005 e 2008. Presidente da câmara em 2005/2006 e prefeito por dois mandatos, de 2009 à 2016.

Nós seremos autossuficientes na captação, na distribuição e no armazenamento de água” - Evandro Eredes (PSDB)
https://vimeo.com/466784861  

 

Gustavo Machado (PTRB)

Raio X

NOME: Gustavo Henrique Machado (PRTB)

NATURAL: Laranjeiras do Sul

IDADE: 41anos

ESTADO CIVIL: Casado

FILHOS: dois 

FORMAÇÃO: Formado em Direito e Pós graduado em Processo Civil

TRAJETÓRIA POLÍTICA: Há 14 anos filiado em partido político. Em 2012 foi candidato a vereador e em 2014 foi candidato a deputado Federal.

A saúde da nossa cidade de Penha vive uma calamidade pública” - Gustavo Machado (PRTB)

https://vimeo.com/466785218

 

Isac da Costa (PL)

Raio X

NOME: Isac Hamilton da Costa (PL)

NATURAL:  Itajaí

IDADE: 40 anos

ESTADO CIVIL: Casado

FILHOS: Um filho

FORMAÇÃO: Ensino Médio Completo

TRAJETÓRIA POLÍTICA: Segundo mandato de vereador e atual presidente da câmara de Vereadores de Penha.

O atual prefeito ficou quatro anos reclamando do contrato de água e não fez avanços” - Isac da Costa (PL)

https://vimeo.com/466785625  

DIARINHO – Penha sofre, há décadas, com o problema crônico da falta de água na temporada de verão. Mesmo com a concessionária Águas de Penha assumindo o serviço, a cada temporada o drama de repete.  A atual administração até anunciou o desejo de romper o contrato, mas ao que parece, juridicamente,  isso não é possível. Quem mora e veraneia em Penha vai continuar sofrendo com a falta da água numa eventual gestão sua?

Aquiles Costa: A concessão é um contrato que está sendo discutindo judicialmente. Nós não concordamos com o contrato nos moldes que ele ainda se encontra. Por consequência de algumas obrigações que são atribuídas ao munícipio e ao nosso entender devem ser atribuídas à companhia. Por exemplo, as desapropriações de áreas, mas sobretudo a antecipação da meta do tratamento de esgoto. Em relação a água, a obrigação da companhia é tornar o município independente, isso ainda não foi feito. Mas, graças a Deus, no decorrer desse ano, eles apresentaram uma solução paliativa. Nós aprovamos o projeto e a companhia vai permitir que na cidade, nesse verão, não tenha falta de  água, com o investimento de uma estação de tratamento de água compacta no bairro de Santa Lídia.

Betão Maes: Primeiro vamos ter que conversar com a Águas de Penha pra ver como é que vai ser esse contrato. Se ela vai manter as cláusulas e o que ela está precisando realmente, que está faltando na prefeitura hoje. Se ela não cumprir, vamos voltar pra Casan ou municipalizar. Fazer a municipalização pública do serviço de água de Penha. Por enquanto, com o contrato em dia, vamos conversar pra que apliquem o contrato e a prefeitura cumpra o que eles dizem que ela não vem cumprindo.

Biano Souza: Já tive uma conversa boa com a presidente da companhia [Reginalva Mureb]. Eu acho que tinha que ver as licenças o mais rápido possível. A captação de água de Luiz Alves, que existe essa possibilidade, e eu acho que quem sofre com essa política travada, esse campo de guerra, essa guerra entre prefeitos, o que fez a terceirização, outro que não fez, não existe mais. Eu acho que tem que entrar com o jurídico. Importante tratar desse tema com seriedade, mas a gente como prefeito, quer desburocratizar e ir atrás das licenças, do que for preciso pro povo poder ter água. Inclusive, não falta água só na temporada. Já faltou água até no meio do ano.

Evandro dos Navegantes: Eu posso garantir, tanto eu quanto o Silas [vice], que durante dois anos, no máximo, o município de Penha terá estação de tratamento de água. Nós seremos autossuficientes na captação, na distribuição e no armazenamento de água. O projeto da Águas de Penha é arrojado. Inclusive, esse projeto foi elaborado no nosso governo, quando eu era o prefeito. É a solução de diversas cidades da nossa região e do país buscar parceira através da iniciativa privada. Agora, é um projeto que requer muito força de vontade política do poder público. Falta, de fato, o município de Penha abraçar esse grande projeto como se fosse a obra, realmente, para transformar a cidade. O município de Penha sofre muito com a falta d’agua, nós também temos um problema com o esgoto. E esse projeto já contempla isso. São R$ 188 milhões carimbados da iniciativa privada pra que possa fazer realmente de Penha uma cidade sustentável na questão de abastecimento de água. O projeto está pronto, está concluído, o recurso está alocado.

Gustavo Machado: A questão do contrato com a concessionária Aegea veio pra tentar solucionar o grande problema de falta de água. A cidade era abastecida pela Casan. Mas o nosso problema está relacionado numa questão do contrato em si. Isso é um problema político. Existem algumas cláusulas, e não é uma, são algumas cláusulas, que têm como obrigatoriedade por parte do poder municipal fazer, trazer as licenças ambientais prévias para que eles deem continuidade ao processo do saneamento e mesmo a questão da água. O segundo é a questão de desapropriações. Essa briga entre a prefeitura municipal e a concessionária fez com que a gente ainda tivesse essa falta de água. Avançaram um pouco, a concessionária avançou em algumas situações. Mas, se eu for eleito, obviamente, nós temos que ter a condição de pensar que a questão de água não vai ser solucionada já num primeiro momento. A solução, que nós já temos um projeto, é através de caminhões pipas instalados em pontos estratégicos da cidade para suprir essa necessidade emergencial. E, é claro, obviamente, aplicar o contrato.

Isac da Costa: Eu costumo dizer que houve um erro muito grande do ex-prefeito quando ele quebrou o contrato com a Casan. Comprometeu todo o sistema de tratamento de água no município. O atual prefeito ficou os quatro anos empurrando, reclamando do contrato e não fez avanço nenhum. Teve alguns avanços ainda porque a câmara de vereadores promoveu muitas audiências públicas. A gente conseguiu, por exemplo, a construção dos reservatórios. Eu tenho um compromisso firmado para que, a partir do momento que a gente assumir a prefeitura, todas as reuniões com a Aegea, que é a Águas de Penha, serão transmitidas ao vivo. O povo vai ficar sabendo o que tem que fazer. Não ficar nesse empurra-empurra, dizendo que o contrato não presta, faltou isso, faltou aquilo. E o povo sofrendo. Cada final do ano aumenta mais a falta de água. Ano passado foi 15 dias, no ano anterior 10, esse ano vão ser quantos dias sem água? Eu pretendo trabalhar sério nessa questão: água e tratamento de esgoto.

DIARINHO – Penha tornou-se uma cidade economicamente dependente do parque Beto Carrero. Ele gera empregos e atrai milhares de turistas pra cidade. A cadeia de restaurantes, hotéis, comércios e pousadas é beneficiada pelos visitantes do parque. A cidade é um balneário com inúmeras belezas naturais. Como tornar Penha uma cidade atrativa ao trade turístico para além do parque Beto Carrero?

Aquiles Costa: O parque Beto Carrero ajudou a identificar a grande vocação do nosso município. A nossa cidade não tem grandes indústrias, nem grandes empresas. É uma cidade que depende do turismo. Quando nós assumimos o governo, nós tínhamos três mil leitos na rede hoteleira de Penha. Hoje nós temos seis mil leitos. Nós estamos trabalhando muito forte para promover, sobretudo, a cidade como um palco de eventos, através da promoção do encontro de dezenas de milhares de pessoas. Com eventos esportivos, shows, festas, atraindo cada vez mais gente, consolidando a Penha como um destino turístico. Esse é o propósito, a missão do nosso governo: fazer com que a Penha deixe de ser um atrativo e passe a ser, efetivamente, o destino. Explorando o potencial que nós temos, que são as nossas belas praias, a nossa morraria, trilhas ecológicas, cachoeiras... O nosso governo trabalhou em infraestrutura e também no potencial que a cidade tem sobre a questão das praias, na promoção do encontro das pessoas no município. Acho que com isso a gente vai conseguir consolidar Penha como um destino e atrair cada vez mais pessoas pro município. Quando nós conseguirmos que as pessoas fiquem em Penha, todo o comércio ganha, aquece a economia, gera emprego e gera renda.

Betão Maes: Nós temos um projeto no nosso plano de governo que é o Vitrine. Que é levar para as outras cidades os atrativos de Penha. Também levando em parceria com o Beto Carrero, levando o parque, mais os atrativos, as praias de Penha. Temos alguns projetos também para colocar em determinadas praias. Qual é o ponto turístico que tem, qual a atividade naquela praia. Alguma coisa que o povo possa querer visitar, tirar foto, estar conhecendo. O programa Vitrine mostraria a cada evento nacional as belezas da nossa cidade.

Biano Souza: Infraestrutura em primeiro lugar. Água e energia elétrica. É uma cidade que quando venta acaba a iluminação. É uma cidade que quando tem uma população enorme cai a energia elétrica. E água não pode faltar. Agora, isso tudo depende de uma infraestrutura. O parque é maravilhoso, só que sem uma infraestrutura no município, nem ele pode fazer um marketing da cidade. Como que ele vai fazer um marketing da cidade com as águas completamente com esgoto a céu aberto?  E não é de hoje, é de anos, são várias gestões que passaram. Nós temos que ter primeiro infraestrutura. Aí a gente começa a falar de um turismo potente. Aí o parque pode, num bem comum com o município, fazer o marketing da cidade. E, bem lembrado, um balneário, são 19 praias, porque só o nome Penha? Pode ser estudado virar Balneário de Penha. É mais atrativo para o turista do Brasil.

Evandro dos Navegantes: É difícil a gente construir uma outro identidade pra cidade. Mesmo porque o Beto Carrero é a locomotiva do turismo nacional e estadual. E pra nossa cidade, o Beto Carrero, de fato, acabou puxando, alavancando o turismo. Essa identidade ficou muito forte. Acho que cada cidade tem uma identidade. Umas para a questão da indústria, outras mais pra pesca, como por exemplo Itajaí. E a nossa cidade ficou pro turístico. O que nós precisamos é fazer com que a gente possa ter novos e outros equipamentos turísticos para atrair mais pessoas, mais visitantes. E também que nós possamos de fato transformar a cidade na questão de infraestrutura. O nosso plano de governo, do Evandro e do Silas, contempla algumas obras de extrema importância na questão turística. Nós queremos que as pessoas possam visitar a Penha e não somente o Beto Carrero, como de fato acontece hoje. E essa questão tem que ser um trabalho muito a quatro mãos. Acho que o Beto Carrero e Penha tinham que andar de mãos dadas. Eu, como fui funcionário do parque por 12 anos, tenho uma relação muito próxima. Acho que eu e o Silas estamos preparados pra fazer essa união voltar a ser próspera e transformar de fato a qualidade de vida do nosso povo e da nossa gente.

Gustavo Machado: Uma das primeiras propostas é a questão da Marina Penha Resort. Marina Penha Resort, num primeiro momento, vai fomentar de mil a dois mil empregos diretos e indiretos e, obviamente, nós entraremos no circuito turístico náutico. Não apenas nacional, como internacional. Essa é uma das propostas e nós já temos os primeiros investidores. E temos uma segunda etapa, plano B, se os primeiros ainda não quiserem fazer, para dar continuidade nesse projeto. A segunda proposta está ligada à questão do boulevard. Nós temos que ter algum tipo de loja, de complexo de lojas para atrair e fazer com que também o nosso turista se mantenha na cidade, além do Beto Carrero. Não tem como ser shopping porque nós não temos estrutura pra isso. Isso a gente fez um estudo e levantamento. Então um boulevard com até 70 lojas. Juntamente com um complexo cultural e gastronômico. Isso a gente vai fazer porque nós vamos mudar a entrada principal de Penha para a Transbeto. Com autorização do governo Estadual, uma vez que ela é uma SC. Ali faremos um pórtico, transformaremos em uma entrada principal e receberemos nosso turista com um pequeno complexo gastronômico e cultural.

Isac da Costa: Eu falo assim: fazer turismo é cuidar da cidade. Tu cuidando da cidade, tu vais fazer com que o turista fique na cidade, porque ele já vem motivado pelo parque. A gente desenvolveu um plano estratégico para o desenvolvimento que seria: a revitalização da avenida Alfredo Brunetti, que é a de frente do castelo. Aquilo tem que ser um cartão postal da cidade. Revitalizar ela todinha, no final do dia pode ter desfile com os personagens do parque. Criar a Casa do Turista, às margens da Transbeto. A principal entrada hoje da cidade é a Transbeto. E ali tu ter uma casa do turista para que ele pare, pegue as informações da cidade, da gastronomia, das praias. E, por incrível que pareça, grande quantidade de turistas que vão ao parque não sabe que Penha tem praias. Eu já fiz esse levantamento. A construção de um mercado público municipal  é muito importante em uma cidade como a nossa, com cultura rica que a gente tem. Tem que ter a construção do mercado público municipal. E criar a Via Gastronômica. A gente vai trabalhar nesse sentido. E eu falo que turismo é oferecer o melhor que tu tens para as pessoas. Se tu ofereceres o melhor que tu tens, elas vão permanecer... E permanecendo na cidade vai girar a economia. Hotéis, padarias, supermercados, é uma corrente gigante... 

DIARINHO – A preservação ambiental não tem sido uma política pública do município e a atuação da fiscalização dessa questão se dá mais através de Ongs do terceiro setor. A cidade não tem sequer saneamento básico, que já deveria ter sido iniciado pela concessionária contratada, mas não houve avanço. A maioria das praias fica imprópria para o banho de mar durante a temporada de verão. Como garantir que a cidade continue crescendo mas de maneira sustentável e sem destruir suas belezas naturais?

Aquiles Costa: Depois de passar décadas sem ter uma política pública voltada para a questão ambiental, com os recursos próprios da prefeitura, ou que a prefeitura pudesse estar designando alguém para poder estar desenvolvendo serviços voltados para o setor do meio ambiente... Nós conseguimos, no decorrer desses últimos quatro anos implementar, criar, através de lei, e instituir um Instituto do Meio Ambiente de Penha, que é uma vitória. Inclusive, recentemente conseguimos o CNPJ e já temos um superintendente nomeado. Temos já previsão orçamentária para que nos próximos anos, independente de qual governo for, nós teremos recursos próprios destinados para a questão ambiental. A questão do saneamento básico é extremamente importante. Lamentavelmente, a gente tem um contrato com o qual nós não concordamos, estamos discutindo judicialmente e esperamos que na  justiça a gente encontre amparo legal para poder antecipar as metas do tratamento de esgoto. Nós já perdemos muito em relação a quebra do contrato na época com a Casan, que nós tínhamos aqueles quase R$ 80 milhões para fazer o saneamento e foi pra cidade vizinha, que é Balneário Piçarras, e agora no decorrer desse período todo, com essa privatização, também não avançamos.

Betão Maes: Teria que passar, primeiro, por essa parte do tratamento de esgoto, que não foi feito. Temos o projeto, tem que conversar com o pessoal pra fazer o saneamento, trazer recursos pro município pra tentar até, pelo menos, 2022,  estar com as praias próprias para o banho.

Biano Souza: Fundação do Meio Ambiente. O mundo fala em sustentabilidade. E Penha não fala. Ela está atrasada e faz muito tempo. Os gestores fazem planos maravilhosos de sustentabilidade e não cumprem. Não cumprem 10% dos planos de governo. A gente precisa, a natureza precisa de sustentabilidade. Nós temos que ter praias limpas, com esgoto tratado. A Penha ficou pra trás. A gente realmente quer trabalhar em cima de uma era 2020, com sustentabilidade, cuidando, reciclando. Nós precisamos ter responsabilidade, trabalhar sustentabilidade 24 horas. Não tem mais como não ser assim, nós precisamos fazer.

Evandro dos Navegantes: Sempre foi uma preocupação, em especial, minha, porque eu sou filho da terra. Eu conheço Penha há 30 anos. No nosso governo, quando eu fui prefeito, na minha primeira oportunidade, eu tive a satisfação de nós podermos implantar em Penha o projeto Orla. Ele contempla um cuidado a mais com as nossas praias. E no nosso governo, nos anos anteriores, e não será diferente agora, nós teremos toda uma preocupação, estaremos muito próximos das entidades, ONGs, pra que a gente possa, de fato, estabelecer critérios para que a cidade possa crescer economicamente, mas, sobretudo, preservando o meio ambiente. Precisamos de fato fundar, aliás, implantar e instalar, a Fundação do Meio Ambiente. Dar poder, mas poder técnico e não político. Pra que a gente possa ter uma política pública voltada ao meio ambiente, que possa trazer progresso, crescimento, preservando o meio ambiente.

Gustavo Machado: Bom, num primeiro momento, nós temos que fazer cumprir o contrato de 35 anos que foi assinado e já se passaram cinco anos. Ninguém investe em uma cidade, ninguém consegue projetar algo, principalmente a questão ambiental, sem que tenha saneamento básico. A palavra, por si só já diz, é básico. Nós não temos o básico. Veja quando a gente escuta algum governante, principalmente da cidade, dizendo que vai trazer transatlântico, sem nós termos o básico?! Penha tem 19 praias. Obviamente essa questão de você crescer com sustentabilidade ecológica faz parte do nosso plano de governo. Nós temos um plano de governo que se chama Penha 2050 é 10. São 10 propostas possíveis de serem feitas, obviamente, em quatro anos. Mas projetando Penha para daqui 30 anos. Isso nós vamos colocar dentro do plano Diretor. O próximo prefeito terá que cumprir metas. E uma delas, obviamente, é a questão ambiental.

Isac da Costa: Em 2020 a gente está sem saneamento básico. Infelizmente. É triste isso. Cobrar com afinco a Águas de Penha, a concessionária, para que eles iniciem o tratamento. A questão do meio ambiente, eu entendo que meio ambiente tem que ter o equilíbrio. Entre os empreendedores e o meio ambiente têm que ter esse equilíbrio, pra que não se avance demais. Temos que manter a natureza, a morraria lá de Penha, as praias. Reconhecer o trabalho, fortalecer o trabalho das pessoas que trabalham nessa área de meio ambiente. O Gilberto Manzoni é um cara que eu admiro muito. Tem o projeto da criação do parque da Ponta da Vigia, isso tudo a gente vai apoiar. A cidade de Penha também tem o ecoturismo. Buscar qualidade junto ao programa Bandeira Azul. Turismo e meio ambiente trabalham juntos.   

DIARINHO – Pela lista de espera do SUS, há 420 moradores de Penha aguardando uma consulta com médico especialista. Em 2018, Penha foi alvo de uma operação da Deic que investigava supostas fraudes no contrato firmado com o Instituto Adonhiran, que oferecia, através da iniciativa privada, consultas com especialistas para a rede municipal de saúde. Como pretende resolver o problema da saúde pública?

Aquiles Costa: Quando nós assumimos nós tivemos que nos deparar com o caos na saúde. Nós não tínhamos, por exemplo, no PA 24h, sequer gaze, ou equipamento para que as pessoas pudessem ter o medicamento na veia. Com muito esforço, muita dedicação, com muito comprometimento e honestidade, nós promovemos uma gestão que trouxe um novo horizonte. Nós conseguimos contratar 25 médicos especialistas, através de credenciamento. Mas não através de ONGs, como acontecia antes. Com isso nós conseguimos dar maior celeridade, agilizar atendimentos. Foi possível resolver tudo? Não, ainda há muito o que fazer. Tudo que nós fizemos foi com recurso próprio. A prefeitura não tinha certidão negativa, tivemos que sanear as contas públicas, então tivemos dificuldades nisso também. Mas tivemos um grande avanço. Hoje nosso PA 24h tem dois médicos atendendo, são dois médicos no PA 24h, raio-x digital, duas ambulâncias 0km. Nós temos um almoxarifado pra organizar os materiais da saúde, a questão de medicamento. Quem viu no início sabe. Havia medicamento vencido, parede mofada... Chovendo em cima. Hoje nós temos uma sede para a secretaria da Saúde, renovação da frota, para poder dar melhor qualidade no atendimento à saúde básica.

Betão Maes: Pra questão da saúde, começar a informatizar, agilizar o atendimento. Também contratando mais médicos especialistas. Até podemos fazer uma fiscalização correta em cima desses institutos, uma participação conjunta, com hospital privado. Mas tem que ser fiscalizado, tem que estar em cima pra ver se está sendo feito corretamente. Se os médicos estão atendendo mesmo a população. E na parte municipal, as unidades básicas informatizadas, agilizando o processo pro morador de cada bairro que precisar desse atendimento.

Biano Souza: A saúde é prioridade no nosso governo. Eu estive de perto vendo o problema da saúde. Eu tentei combater. Então a gente sabe os problemas. Exames atrasados nós já sabemos. A Penha encontra dificuldades há muitos anos. Exames de baixa complexidade, média complexidade e alta complexidade, com filas gigantescas. E existem exames de preventivos que a criança já nasceu e ainda não chegou a  data de fazer o exame. Nós temos que combater isso o mais rápido possível. Nós estamos com alguns empresários prontos também até para trazer um hospital regional. A criação de uma policlínica com especialistas. A gente não pode mais conviver com pediatra que vai uma vez no ano e falta seis meses. Uma cidade que recebe dois milhões de pessoas, não ter um PA ampliado com mais médicos. Nós temos que trabalhar em cima da saúde. Temos uma via boa no ministério da Saúde, para buscar e trazer equipamentos. Trazer o Maleta Médica, que é um grande projeto nosso, que vai nos acamados fazer eletrocardiograma e tudo mais.

Evandro dos Navegantes: O município de Penha há uns dois, três anos vem sofrendo, e muito, com a falta de médicos especialistas. O município só tem clínico geral, quando tem. No nosso governo nós vamos contratar os médicos especialistas pra que a gente possa trazer qualidade de vida. Hoje nós não temos pediatra, cardiologista, ortopedista, ginecologista. O nosso povo está doente. Ser prefeito de uma cidade vai além de  limpar, pavimentar ou asfaltar. Você precisa, de fato, cuidar das pessoas. O nosso lema de campanha é “as pessoas em primeiro lugar”, porque nós temos essa visão. E com relação a operação policial que aconteceu, eu acho que foi muito importante essa tua pergunta. O município de Penha tinha um convênio com o Instituto Adonhiran, onde era responsável, de fato, por todas as contratações dos médicos especialistas. Houve um problema na prestação de contas. Nós fomos chamados pra poder dar o depoimento sobre essa situação. Agora, o ato de tu contratar os médicos especialistas é de extrema importância.

Gustavo Machado: Quem me acompanha na questão das mídias sociais viu que, no ano passado e final de 2018, eu estive em Curitiba falando com dois investidores para trazer um hospital regional. Um hospital público-privado. Toda a base das minhas 10 propostas está ligada à lei 11.709 de 2004, que é a lei da parceria público-privada. Então quer dizer, esse hospital, obviamente, ele será construído, vai ser estruturado pela questão privada. Não temos mais condições de não ter um hospital na cidade. A questão de infraestrutura, de estrutura de postos de saúde, isso é obrigação do prefeito. É obrigação do poder executivo. Isso não é uma proposta, isso é obrigação de quem estiver lá na frente, de cumpri-la.  A nossa proposta de governo é trazer um hospital regional, público-privado, que venha a atender essas demandas. Mas não esquecendo dos postos de saúde, que hoje estão numa situação de calamidade pública. Se a gente for colocar uma enquete dentro da cidade, a primeira coisa que a população exige e pede é a saúde. A segunda, infraestrutura e saneamento básico. A saúde da nossa cidade de Penha vive a calamidade pública.

Isac da Costa: Compromisso, honestidade, sem corrupção e com transparência. Estou entrando para ser prefeito da cidade com essas bandeiras. Fortalecer à atenção básica, que é a estratégia de saúde da família. Ampliar o convênio com hospitais e clínicas, para aumentar a quantidade de consultas com médicas especialistas. Isso está no nosso plano de governo, nós vamos trabalhar nesse sentido, e trabalhar com seriedade. A gente sabe que a demanda é muito grande, mas trabalhando certo, com honestidade, transparência, né? A gente pretende buscar parcerias públicos privadas para ampliar o atendimento com médicos especialistas. 

DIARINHO – Falta de vagas em creches, falta de monitores para atender crianças especiais em sala de aula  e a estrutura precária das escolas são problemas frequentes na educação pública de Penha. Qual o seu plano à Educação?

Aquiles Costa: A educação é o carro chefe do nosso governo. Nós, além de melhorar a questão da infraestrutura de escolas e creches, com investimentos significativos, nós conseguimos ter a adoção de um modelo de educação que não perde nada pro sistema de educação particular. Nós temos o sistema Positivo, nós temos nutricionista, merenda. Temos educação em tempo integral, as crianças tem aula de robótica, laboratório de mídia. Nós temos mais de 16 modalidades esportivas no contraturno escolar, aula de música com vários instrumentos, com vários professores, aula de balé. Tudo gratuito. Uniforme de verão, de inverno. E, creche, nós ampliamos investimentos e abrimos muitas. Por isso nós conseguimos resolver esse problema de maneira definitiva. Nós conseguimos zerar a fila de creche. E não foi só uma vez. Durante esses quatro anos zeramos algumas vezes a fila de creche. Obviamente sempre vão surgindo novas, mas nós conseguimos zerar. E isso é fruto, mérito, de muito trabalho, muita dedicação e muito dinheiro investido na educação. Porque nós entendemos que não existe transformação em nenhuma cidade se não for através da educação.

Betão Maes: Pra falta de professores e monitores, tem que fazer um concurso público adequado, para ter efetivo suficiente. Não precisa estar contratando o pessoal sempre na correria. Às vezes, o pessoal sai, arruma outro emprego. Pessoa concursada vai estar ali já com mais disposição, vai ter o trabalho fixo garantido. Nosso projeto para educação de Penha é a eleição direta dos diretores das escolas. Onde os pais e professores vão poder escolher quem vai comandar cada escola. E poder cobrar do governo o que está faltando na sua escola, sem ter uma ligação com o governo.

Biano Souza: Educação teve avanços. É importante realçar, porque sou justo. Então quando tem algumas coisas que foram boas, a gente tem que relatar. Mas precisa de muito mais. Por exemplo, 20h em Itajaí, paga R$ 3 mil e pouco de salário. Na Penha continua R$ 1400, R$ 1600. Os gestores que passaram não deram os aumentos progressivos que deveriam. Quem trabalha na Penha, às vezes, trabalha muito infeliz. Porque o salário é baixo. Mas porque os gestores, todos eles, não fizeram o dever de casa. Capacitação para o professor. O material nosso é bom, mas é muito pouco. As professoras sempre têm que bancar mais um pouco do próprio bolso. E isso são relatos das professoras, que conheço e a gente conversa. Existem alguns avanços, colônias de férias. Às vezes as crianças ficam sem água num calor imenso. A gente sabe que também o vale transporte é necessário. O vale refeição para os professores é necessário.

Evandro dos Navegantes: Todas as creches e berçários que têm no município de Penha foram feitas no nosso governo. Eu faço essa reflexão buscando sempre o passado porque é pra mostrar que, de fato, o nosso governo é comprometido em tocar obras, em fazer ações que vão transformar a vida das pessoas. Nós queremos, de fato, abrir uma creche por ano nas regiões onde realmente existe demanda, que é pra nós podermos zerar a fila de espera. Porque hoje tem várias pessoas na fila de espera. A educação especial sempre foi um trabalho feito com muito carinho por nós, no meu governo. Inclusão social é muito mais do que você ter um acompanhante do lado do seu filho. Você precisa ter uma pessoa que possa ensinar e colocar ela em igualdade na sociedade. Nós teremos cuidado com isso. Sem contar os demais investimentos na questão da educação. Um dos principais é melhorar a relação ensino-aprendizado. E você só consegue isso valorizando, de fato, o professor.

Gustavo Machado: O que mais se diz é que a educação está uma maravilha. Isso não é verdade. Quando nós estamos colocando, principalmente, a questão das crianças, dessa inclusão, principalmente de entidades, por exemplo, igual a Apae. Hoje a nossa infraestrutura é péssima. Para qualquer deficiente, seja físico, visual ou qualquer deficiência. Nós temos que buscar uma infraestrutura mais adequada e decente. Dentro do nosso plano de governo, não adianta nós colocarmos ali 10 propostas de crescimento, que é o nosso caso, de crescimento da cidade, sem que se criem cursos profissionalizantes pro menor aprendiz e também para aquele que quer integrar o mercado de trabalho. Em relação a questão de creches e os outras partes de infraestrutura educacional, nós temos uma proposta ligada a parceria público-privada. Uma das nossas propostas é pegar parte dos impostos que são do Beto Carrero, por exemplo, e ele mesmo criar essa infraestrutura. Então quer dizer, o imposto que ele está pagando está sendo aplicado na comunidade. Fazer com que o imposto seja aplicado ele preste conta à comunidade. Isso é totalmente possível de ser feito.

Isac da Costa: Criar uma política permanente de manutenção. Ordem e segurança para também garantir acessibilidade aos portadores de deficiência. Pretendemos ampliar o número de creches. Valorizar o profissional da educação, zerar filas. Tu sabe que a Constituição Federal determina que 25% seja investido em educação. E no nosso governo nós vamos manter e se preciso investir mais na educação porque a gente sabe que educação é o ponto inicial para que tenhamos um mundo mais evoluído,  progresso com responsabilidade.

 

AQUILES - Seus críticos o chamam de autoritário, centralizador e dizem que, por isso, o senhor rompeu com o vice-prefeito e perdeu a maioria na câmara de vereadores. Seu relacionamento com o legislativo ficou estremecido desde que atuou politicamente para reduzir o mandato da presidência da câmara para um ano. O senhor ficou politicamente isolado. Teme perder a reeleição por causa desses atritos?

Aquiles: Eu discordo. Se tem uma coisa que eu sempre fiz no decorrer do meu mandato foi ouvir as pessoas. Porque era uma coisa que nós sentíamos falta, de ter um governo que estivesse próximo. Eu promovi muitas reuniões com associações de bairros, ouvi o setor produtivo, a associação comercial, o CDL. Eu implantei uma política de levar uma fatia do orçamento pra comunidade eleger as suas próprias prioridades. Estive muito próximo do legislativo. Não me lembro de ter outro prefeito que tenha ido mais do que eu à câmara de Vereadores, sempre que fui chamado, ou no meu sentimento de dever também. Atento para as demandas da cidade. Não me acho autoritário. Mas pra lutar pelo interesse do povo, pra lutar pelo interesse das pessoas, eu realmente enfrento quem tiver que enfrentar. Eu não estou isolado e não perdi nada no legislativo, porque a gente não perde o que não é nosso. Na realidade as pessoas só mostraram quem eram. Pra poder organizar a casa, recuperar a credibilidade do município e pôr o nome em dia, e com poucos recursos, consegui atingir mais de 500 ações. Nós preparamos a cidade pro grande salto de desenvolvimento que ela vai ter. Por isso não tenho medo de perder a eleição. BETÃO - Essa é a sua primeira incursão na política partidária. O senhor é servidor efetivo da prefeitura, tem forte atuação no sindicato dos servidores, mas é pouco conhecido pelos eleitores. Sem experiencia em gestão e com pouca visibilidade política, como pretender governar uma cidade complexa como Penha? Betão: Trazendo pessoas do próprio partido que tenham essa experiência. Temos vereadores que já foram eleitos no município, como o Rafael, o Nicélio, que tiveram os seus mandatos como vereador. Temos várias pessoas com experiencia pública em outras cidades que também moram no município, trazendo esse pessoal. Porque o mandato em si não é do prefeito, ele não vai comandar tudo sozinho. Ele vai juntar a melhor equipe possível para estar em cada área levando o melhor para a população. Então nós vamos decidir dentro da própria prefeitura, da estrutura. Temos muitos servidores que podem ser colocados como cargos pra ajudar também. E assim também já reduzindo o próprio custo da folha. É nesse sentido que a gente vai levar um mandato que será coletivo. Com participação de todos, podendo levar o município e trazer a população até a gestão municipal também.   BIANO - O senhor tem carreira na área de eventos e da comunicação, mas pouca expressão política em Penha. Fechou com uma vice conhecida, a pastora Têre, que tem um popular programa de rádio. Foi uma alternativa populista e que traz à disputa a questão religiosa. Por que os eleitores devem confiar que o senhor terá capacidade para administrar Penha?
 
Biano: Trabalhei com comunicação, fui assessor de deputados federais e estaduais, fui assessor de prefeito, fui assessor de vereador. Tenho uma caminhada e um pouco de vivência dentro da política. Fui assessor do deputado Patrício Destro, aqui no estado de Santa Catarina, cuidei da região da Amfri. E uma mulher maravilhosa, uma mulher de fé, uma mulher de fibra, que é a pastora Têre. Uma mulher que faz ação social há mais de 30 anos. A gente quer governar para os justos, fazer o certo, fazer o correto. E eu quero ver, principalmente, a população feliz. A população não é feliz. Porque os filhos, as pessoas, têm que trabalhar em outras cidades. A gente quer trazer o básico: água, energia elétrica e emprego para a população. E fazer um bom saneamento básico. A gente começa a dar um desenvolvimento com infraestrutura. A cidade de Penha não tem placa de rua, é muito defasada. Precisa fazer a infraestrutura. E tenho certeza que, com os nossos líderes no Senado, na Câmara Federal, no governo Estadual, nós podemos buscar esses recursos para ajudar também no desenvolvimento.   EVANDRO - O senhor foi prefeito de Penha, de 2009 a 2016, e durante seu governo foram investigados esquemas de corrupção. O senhor chegou a ser preso em 2018 em uma operação que apurava supostos desvios na saúde. Também foi investigado na CPI do INSS. Muitos adversários o acusam de corrupto e o MP está tentando cassar a sua candidatura. O que o senhor tem a dizer sobre esses escândalos? Evandro: Durante todo o meu governo, eu sempre trabalhei com muito afinco, com muita transparência. Foi um governo muito aberto para tudo e para todos. E, obviamente, que isso desperta, no horizonte político da oposição, muita briga política. E de fato aconteceu uma questão, como você colocou, do Instituto Adonhiran, aonde eu fui preso. Fui levado durante sete dias para dar um depoimento. Eu acredito, confio e entendo muito o trabalho o ministério Público, mas acredito muito em Deus, acredito muito na minha inocência, acredito na justiça brasileira, de que tudo isso será esclarecido. O prefeito é o ordenador primário, todo e qualquer tipo de problema que acontece dentro da administração pública, a responsabilidade, de fato, é do prefeito. Agora, mesmo assim, você precisa ter coragem, encarar os desafios. Colocar a cara a tapa, olhar no olho das pessoas e dizer que você é uma pessoa que faz o bem para todos. E durante todo o meu mandato o que mais a gente fez foi prosperar o bem. E todos esses processos que você mencionou que a gente responde, não houve julgamento, não tem condenação. Nós estamos confiantes na justiça, que esse mal entendido será esclarecido e a campanha continuará a todo vapor.   GUSTAVO - O senhor é advogado e do ramo empresarial imobiliário. Começou a ter mais visibilidade através de uma página no Facebook. O senhor se acha preparado para administrar a cidade? Gustavo: Sem dúvidas. Eu não colocaria meu nome à disposição se não tivesse preparo. Num primeiro momento a pessoa tem que ter convicção. Tem que acreditar que ela pode. E eu acredito no que eu posso. A minha família está há mais de 40 anos em Penha. Eu sou um advogado, ligado a questão do ramo imobiliário. E eu vejo o quanto o micro e o pequeno empresário sofrem. E eu como fui advogado de um entidade como a Associação dos Micro e Pequenos Empresários, vi a dificuldade gigantesca dentro de Penha. A partir dali você vai ramificando todas as outras debilidades da nossa cidade, em todos os seus ramos. E, obviamente, diante dessa situação a qual eu pertenço, eu coloquei meu nome à disposição. É claro que nós temos o apoio total do governo federal, uma vez que meu partido é o PRTB, que é o partido do nosso vice-presidente, general Hamilton Mourão. Temos o apoio de forma incondicional dele e isso foi demonstrado em propaganda eleitoral que gravei em Brasília e São Paulo. As pessoas confundem quando dizem que o Jair Bolsonaro está apoiando. O Jair Bolsonaro não está apoiando ninguém. Nós apoiamos o Jair Bolsonaro uma vez que nós estamos numa chapa única. Quando votamos em 2018, votamos em Bolsonaro e Mourão. Não é só a questão do meu preparo, como também o apoio que temos do governo Federal.   ISAC - Durante os quatro anos em que fez parte do poder legislativo o senhor mudou de lado político. Foi base do prefeito Evandro, depois apoiou o governo Aquiles, com quem rompeu no final do ano passado. Nos últimos meses chegou a ensaiar uma reaproximação e foi cogitado como vice de Aquiles. No último momento, contudo, o senhor lançou chapa pura do PL. Porque os eleitores devem confiar que num eventual governo seu o interesse público vai prevalecer? Isac: Não. Eu não troquei de partido por interesse político. Eu troquei de um partido pro outro até hoje. O partido que eu estava preferiu ficar no grupo do ex-prefeito. E eu resolvi sair porque pra mim não foi um bom governo. E eu sabendo que ali eu não teria voz ativa, eu resolvi ir para o PL, na época o PR. Vim para o governo atual crendo realmente na mudança. A cidade acreditou naquela mudança. Participei do governo. Depois que eu vi que o trem estava saindo do trilho, eu resolvi sair e lancei meu nome como candidato a prefeito. Formamos um grupo de vereadores. Eu busco o melhor à cidade. Se fosse para me manter no poder, teoricamente eu poderia pegar uma vaga de vice do atual prefeito. Não é isso que eu quero. Eu vejo isso com muita responsabilidade. As pessoas, às vezes, olham o título de prefeito como um título. Eu não. E quem me conhece sabe que foi uma decisão muito difícil de aceitar essa candidatura. Porque eu quero entrar para fazer diferente. Eu sempre peço a Deus que me oriente para ser o diferente. Porque o segredo é esse: colocar pessoas capacitadas para fazer uma boa gestão. Esse é o meu plano para Penha Durante os quatro anos em que fez parte do poder legislativo o senhor mudou de lado político. Foi base do prefeito Evandro, depois apoiou o governo Aquiles, com quem rompeu no final do ano passado. Nos últimos meses chegou a ensaiar uma reaproximação e foi cogitado como vice de Aquiles. No último momento, contudo, o senhor lançou chapa pura do PL. Porque os eleitores devem confiar que num eventual governo seu o interesse público vai prevalecer? Isac: Não. Eu não troquei de partido por interesse político. Eu troquei de um partido pro outro até hoje. O partido que eu estava preferiu ficar no grupo do ex-prefeito. E eu resolvi sair porque pra mim não foi um bom governo. E eu sabendo que ali eu não teria voz ativa, eu resolvi ir para o PL, na época o PR. Vim para o governo atual crendo realmente na mudança. A cidade acreditou naquela mudança. Participei do governo. Depois que eu vi que o trem estava saindo do trilho, eu resolvi sair e lancei meu nome como candidato a prefeito. Formamos um grupo de vereadores. Eu busco o melhor à cidade. Se fosse para me manter no poder, teoricamente eu poderia pegar uma vaga de vice do atual prefeito. Não é isso que eu quero. Eu vejo isso com muita responsabilidade. As pessoas, às vezes, olham o título de prefeito como um título. Eu não. E quem me conhece sabe que foi uma decisão muito difícil de aceitar essa candidatura. Porque eu quero entrar para fazer diferente. Eu sempre peço a Deus que me oriente para ser o diferente. Porque o segredo é esse: colocar pessoas capacitadas para fazer uma boa gestão. Esse é o meu plano para Penha.
 
 
 




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