Itajaí
A disputa em Joinville será acirrada
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

O ex-senador Paulo Bauer (PSDB) perde força na corrida à prefeitura de Joinville por conta da denúncia do MPF sobre a suposta propina que teria recebido da Hypermarcas, de R$ 11,8 milhões, episódio que já o incomodou na eleição de 2018. O beneficiado direto deste baque será o neotucano Gelson Merisio, ex-presidente da Assembleia e candidato ao governo do estado na última eleição, disposto a impor o nome em outubro. O pedido do MPF depende da aceitação do ministro Edson Luiz Fachin, do Supremo, mas se for pela lógica da amizade e dos passeios de lancha na Beira-Mar Norte ou os jantares em Jurerê Internacional, Bauer, que virou inclusive tuitada do procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato, como novo alvo contra a corrupção, tem tudo para virar réu. Indefinições Além dos tucanos, o vice-prefeito Nelson Coelho deve concorrer no maior colégio eleitoral do estado pelo Patriotas, o ex-vice-prefeito e hoje deputado federal Rodrigo Coelho ainda precisa resolver a relação com o PSB, o deputado federal Darci de Matos (PSD) faz mistério e o deputado estadual Kennedy Nunes trocar de partido para concorrer à sucessão de Udo Döhler (MDB), além do PT entre o ex-deputado Francisco de Assis e o ex-prefeito Carlito Merss, mais outros que vierem. Sabem qual a opinião do deputado estadual Fernando Krelling (MDB) sobre esta profusão de candidaturas: “Quanto mais (nomes), melhor pra mim!” À espera Até o fechamento desta coluna, o deputado Valdir Cobalchini (MDB) ainda aguardava o sinal verde do governador Carlos Moisés para ter aquela conversa sobre a liderança na Assembleia. Cobalchini admitia que, se não saísse agora, poderia ficar para a semana que vem, em função da viagem que faz à base, no Meio-Oeste do Estado. Tem bronca O prefeito Volnei Morastoni (MDB) tem lá seus motivos para estar tiririca com a bancada do partido na Assembleia, pois a primeira suplente da coligação (MDB-PSDB), a deputada Dirce Heiderscheidt, abriu mão para dar espaço para Anna Carolina, adversária certa dele nas eleições de outubro. O plano dos tucanos é o de que a deputada suplente emende a substituição de Vicente Caropreso (PSDB) com a de Marcos Vieira (PSDB), mas está difícil convencer os emedebistas a dar respaldo à manobra em nome de Morastoni, que sequer foi consultado sobre a suplência atual, e ainda convencer Dirce a abrir mão mais uma vez. Onyx, a fênix! O DEM tem posição de destaque no apoio na sustentação do presidente Jair Bolsonaro e, por isso, o deputado Onyx Lorenzoni, do Rio Grande do Sul, pulou da enfraquecida Casa Civil para o Ministério da Cidadania, onde desalojou o deputado federal Osmar Terra, também gaúcho, do MDB, que retorna à Câmara. O presidente Jair Bolsonaro tem agora uma linha de proteção militar entre os ministros que coabitam o Palácio do Planalto, os chamados da casa, com a chegada do chefe do Estado Maior do exército, general Walter Braga Netto, que não tem problema em comandar intervenções, como o fez no Rio de Janeiro. Candidata de Bolsonaro! A jornalista e advogada Julia Zanatta oficializou a filiação ao PL para concorrer à prefeitura de Criciúma e nem precisa fazer força sobre ser a candidata de Jair Bolsonaro na cidade, ela que é amiga de Eduardo e Carlos Bolsonaro, filhos do presidente, fato que pesa na maior cidade do sul, onde Clésio Salvaro (PSDB) busca a reeleição. “Eduardo Bolsonaro me indicou que o melhor partido para eu me candidatar em Santa Catarina seria o PL do senador Jorginho Mello”, afirma Júlia. O “PSSSIU” DA DISCÓRDIA! A deputada Anna Carolina Martins (PSDB) garantiu um mal-estar com os demais deputados, na sessão de quinta (13), quando, em meio à sua manifestação à tribuna da casa, soltou um “Psssiu, ô amigos, ô amigos! Não precisam escutar a deputada aqui, mas pelo menos não atrapalhem a fala, tá!” A parlamentar chamava a atenção ao grupo de deputados, entre eles Ricardo Alba (PSL), Nazareno Martins (PSB), Milton Hobus (PSD), Marlene Fengler (PSD), João Amin (PP) Volnei Weber (MDB) e Sargento Lima (PSL), que conversavam no plenário, enquanto ela discursava, algo normal na rotina da casa. E voltou a citar um por um dos presentes quando o silêncio não veio, e emendou, ao sair da tribuna, que estavam lhe tirando a concentração. Sorrisos amarelos foram os que sobraram quando ela se aproximou dos demais na planície sob o olhar estupefato de assesores, que nunva viram coisa semelhante.