O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o empresário Duda Cunha, ex-sócio do clube Green Valley e dono da corretora Multimoney, e Manuel Craveiro, diretor da Multimoney. A decisão foi na noite de quinta-feira e ontem eles deixaram o presídio da Canhanduba, onde estavam presos desde o final de junho.
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Pra ganhar a liberdade, os dois acusados na operação Line UP, da polícia Federal, terão que seguir algumas regrinhas. Duda e Manuel não poderão manter contato com os demais investigados da operação ...
Pra ganhar a liberdade, os dois acusados na operação Line UP, da polícia Federal, terão que seguir algumas regrinhas. Duda e Manuel não poderão manter contato com os demais investigados da operação, estão proibidos de deixar o país, devem entregar os passaportes em até 48 horas após a soltura, e também estão impedidos de exercer funções administrativas ou exercer influência nas empresas Multimoney, BCM Turismo e Flex Serviços.
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Além das medidas cautelares impostas pelo ministro Gilmar Mendes, Duda e Manuel devem comparecer a cada dois meses na justiça para dizer o que andam fazendo da vida. A decisão atendeu pedido de habeas corpus feito pelo escritório do advogado criminalista Andrei Zenkner Schmidt, do Rio Grande do Sul, no início de setembro.
O mesmo pedido foi negado pelo ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 20 de agosto. Então a defesa recorreu ao STF pra conseguir soltar os clientes.
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Esquemão milionário
Duda e Manuel foram presos em 28 de junho por suposto envolvimento em crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio da contratação de DJs, fraudes em operações cambiais e contratos de comércio exterior envolvendo a Multimoney e a casa noturna Green Valley, de Balneário Camboriú.
Segundo a investigação, Duda é acusado de lavagem de dinheiro através da contratação de DJs internacionais por valores subfaturados, entre 2013 e 2014. Na época, Duda ainda era sócio do clube.
A partir do caso, a PF descobriu a ligação com a Multimoney, que tem sede em São Paulo, apontando supostas práticas de fraudes cambiais. A investigação, segundo a PF, indica mais de R$ 2 bilhões em movimentações suspeitas a partir de 2013.
A defesa alega que a casa de câmbio era credenciada pelo banco Central e atendia normas de operação. A empresa está fechada porque houve o bloqueio de bens e contas. Os advogados alegam que não há provas de que a empresa atuava de maneira ilícita.
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