Itajaí
Justiça aumenta em sete anos a pena de Rafael
Ele foi condenado pela morte de Francielle, que estava grávida de seis meses
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Rafael Ambrósio da Silva, 34 anos, foi condenado a 30 anos de prisão no segundo júri popular que enfrentou pelo assassinato da namorada Francielle Sena de Oliveira, 19 anos. O julgamento terminou por volta das duas horas da madrugada de ontem. No começo do ano, Rafael tinha sido condenado a 23 anos de prisão, mas o Ministério Público recorreu da decisão e conseguiu novo julgamento. O júri começou na manhã de segunda-feira. Depois de mais de 15 horas de explanações, os jurados entenderam que Rafael foi culpado pelo assassinato de Francielle e do bebê que ela esperava, filho dele. Rafael foi condenado por homicídio triplamente qualificado e aborto, com as agravantes de motivo torpe, asfixia e dissimulação. Ele pode recorrer da decisão. O aumento da pena deixou aliviada a família de Francielle. Marisa de Freitas, 33 anos, uma das amigas da moça, disse que a sensação é de justiça. “O MP tinha todas as provas e mostrou como ele convenceu Francielle a se encontrar com ele. Por sorte, ela contou sobre o encontro a minha sobrinha, que foi testemunha fundamental para a condenação”, contou Marisa. Em novembro, quando o júri foi remarcado, Maristela Nunes, mãe de Francielle, ficou muito abalada. “A sensação de passar por tudo de novo é a de estar desenterrando minha filha, meu neto. Vivenciando tudo. Mexe demais comigo”, desabafou. Ontem, Luan Sena, irmã da vítima, disse que a pena de 30 anos não vai trazer a irmã de volta, mas conforta a família de certa forma. “Ajuda a confortar nossos corações. A família não poderia conviver com a possibilidade de ele ficar solto”, desabafou. Morta na praia O corpo de Francielle foi encontrado na areia da Meia Praia, em Navegantes, no dia 30 de novembro de 2015. O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) concluiu que Francielle foi morta por estrangulamento. Ela estava grávida de seis meses. Francielle saiu na noite anterior ao crime de uma igreja no bairro São João para encontrar Rafael. Ela desapareceu na mesma noite. Durante as investigações, Rafael negou tudo. Só que as provas levantadas pela polícia, como o rastreamento do celular de Rafael, confirmaram que ele passou a noite do crime com a vítima. Rafael não aceitava a gravidez da namorada. Em maio desse ano, ele foi condenado a 23 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel pela morte de Francielle. Com o novo julgamento, a pena foi aumentada em sete anos. Rafael está preso na Canhanduba desde janeiro de 2016.