Prefas da região vão castrar bicharada de rua No primeiro semestre do ano que vem, as 11 cidades que integram a associação dos Municípios da Foz do rio Itajaí (Amfri) deverão começar uma ação integrada para tentar controlar a população de cachorros e gatos de rua. A decisão foi tomada pelo colegiado de prefeitos da entidade, depois da apresentação de um pré-projeto que partiu do conselho Municipal de Proteção Ambiental (Compa-BC) e da secretaria de Meio Ambiente de Balneário Camboriú. O projeto final deverá ser aprovado até o final deste ano, acredita Karine Gomes, presidente do Compa. Segundo dela, a ideia é começar um censo para estimar a população de cachorros e gatos que perambulam pelas ruas, incluindo os que têm donos mas vivem soltos. Depois disso é promover um grande mutirão ao mesmo tempo em todas as cidades para castração dos machos e esterilização das fêmeas. Essas cirurgias seriam estendidas a animais de famílias de baixa renda. Também é previsto um trabalho de implantação de microchips nos animais que vivem pelas ruas e uma forte ação publicitária de educação, inclusive nas escolas, sobre como cuidar e evitar a proliferação desenfreada de cães e gatos. Nenhuma cidade da região sabe direito quantos animais andam pelas ruas. A bióloga Maria Heloísa Lenzi, da secretaria de Meio Ambiente de Balneário, diz que há uma estimativa na cidade de uma população de 30 a 40 mil cachorros. Por isso a situação é grave. Um casal de cachorros em quatro anos pode dar origem a mais de 2200 mil animais. A organização Mundial de Saúde estima que cerca de 30 milhões de cães e gatos vivam abandonados pelas ruas do Brasil. Já o IBGE calcula que haja 1,8 cachorro por lar brasileiro, o que daria outros cerca de 58 milhões de cães.