Itajaí
Dono de imobiliária de BC é preso em operação
Empresário é suspeito de tentar sumir com provas da investigação
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O proprietário da imobiliária KLM, no centro de Balneário Camboriú, foi preso na manhã de ontem, no local onde trabalhava, durante a operação “Oceano Branco”, da polícia Federal. A ação investiga o envio de cocaína pro exterior por três portos catarinenses, entre eles os de Itajaí e Navegantes. Além do empresário de Balneário Camboriú, no mesmo dia outro suspeito foi preso em Joinville, também acusado de envolvimento no esquema. Ao todo, oito mandados de busca e a apreensão foram cumpridos nas duas cidades e também em Itajaí. A operação começou cedo. Por volta das 9h30, policiais federais cumpriram o mandado de prisão contra o empresário na sede da imobiliária KLM, na avenida Brasil. Além da prisão, foram recolhidos objetos e documentos no local. Segundo o delegado Fábio Mertens, que não quis revelar o nome do empresário, o empresário é acusado de tentar sumir com provas das investigações. “Ele também tentou resgatar provas que um de seus colegas, preso no Balneário durante a primeira fase da operação, jogou pela janela do apartamento quando soube que ia ser preso”, explica o delegado. Essas “provas” são dois celulares e um modem 3G. Lamborghini foi recolhida em Joinville A segunda prisão aconteceu em Joinville. Segundo o delegado da PF, o mandado de prisão foi cumprido contra o dono de uma revendedora de veículos. Além dele, foram apreendidos documentos, objetos e uma Lamborghini avaliada em R$ 1 milhão. A polícia Federal também cumpriu um mandado de busca e apreensão numa residência em Itajaí, de onde foram recolhidos outros documentos usados pela quadrilha. Dividida em duas operações, a ação iniciou no dia 10 de outubro. Na “Oceano Branco” os alvos utilizavam os portos de Itajaí e Navegantes pra enviar a droga pro exterior. Já os alvos da operação Contentor atuavam no porto de Itapoá. A justiça autorizou a prisão de 59 pessoas, entre despachantes aduaneiros, caminhoneiros autônomos, funcionários da APM Terminals e até um pastor de Itajaí. Droga era camuflada entre mercadorias A cocaína pura era comprada na Bolívia e trazida ao Brasil em pequenos aviões que pousavam, principalmente, no aeroclube de São Francisco do Sul. O bando desviava cargas destinadas à exportação e depois camuflava a droga entre as mercadorias. A operação é considerada a maior de combate ao tráfico internacional de cocaína em Santa Catarina