A fila de espera de mil pacientes para cirurgias de média complexidade vão começar a baixar nos próximos dias. A prefeitura de Itajaí anunciou uma parceria com o hospital de Massaranduba para a realização de 60 operações por mês. As consultas para a realização da cirurgia já começaram na quarta-feira. O município vai ficar responsável pelo transporte do povão. Cirurgias como colecistectomia (pra tirar a vesícula biliar), de hemorroidas, fístula anal, extirpação de lesões, procedimentos com urologista. Esses são alguns dos procedimentos que serão feitas no hospital Hospital Municipal João Schreiber, de Massaranduba, cidade que fica do ladinho de Blumenau. Após visitas da equipe técnica da secretaria de Saúde de Itajaí pra ver de perto a estrutura e os equipamentos do hospital, o termo de cooperação técnica para o mutirão de cirurgias foi assinado no fim de setembro. Na quarta-feira, os primeiros 14 pacientes já foram levados para Massaranduba para consultar com cirurgiões e anestesistas. As cirurgias devem acontecer na próxima semana. Serão 60 operações a cada m6es, cinco por dia durante três vezes na semana, totalizando 15 por semana. As pessoas serão chamadas de acordo com a ordem da fila única.   Atualmente a fila de espera é de mil pessoas. Ou seja, apenas 6% da demanda será atendida num primeiro momento. O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, sabe que o número ainda é baixo, mas garante que já é um começo. “Com esse mutirão conseguimos agilizar os procedimentos”, fala. Mas outras ações, como uma parceria similar a esta com o hospital de Nova Trento, onde serão feitas cirurgias de joelho, e com o hospital de Camboriú, serão adotadas em breve. No caso de Camboriú, as operações devem começar dentro de um mês e irão atender pacientes que precisam fazer pequenas intervenções, como ortopedia, otorrino e ginecologia. O hospital Marieta vai continuar fazendo as cirurgias, especialmente os casos mais graves. Além do gasto com o transporte dos pacientes, o secretário de Saúde de Itajaí, Celso Dellagiustina, não quis comentar se a prefa teve algum custo com essa parceria. Apenas disse que o município teve que usar da criatividade pra fechar a parceria com Massaranduba, já que o orçamento tava apertado. Rodrigo Duarte, do conselho municipal de saúde, explicou que Massaranduba zerou a fila de espera de cirurgias e por isso abriu a porta pra outros municípios. A unidade de saúde tem que atingir um teto de 60 mil reais pra continuar recebendo a verba do governo federal.