Na sexta-feira, por volta das 22h, a polícia Militar foi chamada na rua 200, no centro de Balneário, pra uma ocorrência entre travestis. L.C. da S. informou pra PM que tinha sido agredido e roubado por outro travesti E.L., conhecido como Lili. Segundo o denunciante, Lili o convidou para vir de Mato Grosso morar em Balneário Camboriú para fazer programas e ganhar muito dinheiro. Mas quando chegou a Balneário, L. foi obrigado por E. e seu parceiro J.P. de O. a pagar R$ 800 toda semana para poder fazer ponto/programas na rua 200. L. afirmou que quando não conseguia a grana, era agredido e ficava preso no apartamento. Como parte do pagamento L. era obrigado a fazer programas no apartamento e ainda teria que pagar 50% do valor recebido a Lili. A viatura da PM foi até o apartamento e localizou E. O homem tentou fechar a porta, mas não conseguiu, então correu pra pegar uma faca e ameaçou os policiais pra tentar fugir, mas foi contido. O parceiro de E. e outros travestis também tavam no apê e empurraram e xingaram os policiais, mas a situação foi controlada. A PM pediu reforços e, com a ajuda do cão farejador, fez uma busca no imóvel, encontrando duas porções de cocaína no roupeiro de E., e R$ 300, quantia que L. afirma ter sido surrupiada dele a força por J. e E. A PM deu voz de prisão a E. e J. por rufianismo (crime de lucro através da exploração sexual), exploração sexual ilegal, lesão corporal contra policial, roubo, posse de drogas, desacato e resistência, e levou todo mundo pra delegacia. Na depê, o delegado de plantão entendeu que não havia nenhum motivo pra prisão em flagrante dos travestis e fez um termo circunstanciado contra eles, os liberando.