Uma fiscalização de rotina na BR-101, na região de Joinville, terminou com dois policiais militares do 1º batalhão da PM de Itajaí presos por contrabando. A.F. e T.G. foram flagrados transportando mercadorias contrabandeadas, entre lunetas para arma de fogo e equipamentos policiais de uso restrito. O nome deles não foi informado pela PRF. Os produtos estavam em três carros diferentes, um Kia Cerato, de São José, e dois Toros, um de Itajaí e outro de Belo Horizonte. O carro de BH seria da locadora Localiza. As mercadorias foram encontradas nos porta-malas. Havia cinco modelos de lunetas para armas de fogo, gás de pimenta, cuja importação depende de autorização prévia do Exército, e aparelhos eletrônicos sem nota fiscal. Segundo a PRF, o material apreendido está avaliado em R$ 80 mil e estava entrando no Brasil sem o pagamento das taxas aduaneiras. O limite para importação de produtos de outro país, sem cobrança de impostos,é de 300 dólares quando o transporteé terrestre. Os PMs foram levados para a delegacia de PF, em Joinville, onde ganharam a liberdade provisória após o pagamento da fiança no valor de 10 salários mínimos. Eles vão responder por tráfico internacional de arma de fogo, conforme o artigo 18 da lei 10.826, que trata da importação de armas, acessórios e munições sem autorização, e por contrabando de mercadorias. O inquérito policial envolvendo os dois PMs está sob a responsabilidade do delegado da PF, Alexandre de Andrade Silva, e será encaminhado à Justiça Federal. Batalhão não confirmou A assessoria de comunicação do batalhão da PM de Itajaí diz que soube do caso pelo DIARINHO. Sem confirmar o envolvimento dos policiais, a PM ficou de apurar a situação, mas não deu retorno à reportagem. O policial A. disse ao DIARINHO que não foi preso, pois nada de ilegal foi apreendido com ele. Ele contou que foi ao Paraguai no fim de semana junto com outro amigo policial. O motivo seria fazer compras para o Dia das Crianças. Na versão de A., a PRF teria embaçado com os produtos porque ultrapassavam a cota de 300 dólares e porque havia a compra da luneta. O acessório seria para arma de air soft, usada em jogos e simulações, e não para armas de fogo. O policial afirmou que ele e o amigo foram liberados e voltaram para casa numa boa.