Itajaí
Acompanha o Aterro da Canhanduba desde 2006
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

A técnica em meio ambiente Lenara Bernieri viu o primeiro saco de lixo ser depositado no Aterro Sanitário da Canhanduba em 2006. Na época ela era a técnica responsável por analisar e tratar o chorume do local. Lá ela viu a capacidade do aterro diminuir gradativamente por conta da não separação do lixo reciclável nas casas, comércios e indústrias da região que na época era ainda mais grave do que hoje. “Infelizmente, muitas pessoas ainda pensam que a hora que fechar o saquinho do lixo, isso não é mais responsabilidade dela. Mas é”, diz. Lenara conta que viu de tudo naquele aterro. Uma pessoa morta foi encontrada e até um bebê vivo estava dentro de um saco plástico. “Ouvimos um choro e começamos a procurar até que vimos um saco se mexendo”, relembra. É por conhecer a realidade que fica longe dos olhos da população, que Lenara separa seu lixo, mesmo não existindo coleta seletiva em Camboriú. “Eu separo o que posso como latas, vidros, pets para que os catadores possam levar. O que temos que pensar é que não precisa ter coleta seletiva para separarmos. Essa deve ser uma atitude diária dentro das nossas casas”, afirmou. Imersa no assunto ambiental, Lenara é servidora do Instituto Federal de Camboriú (IFC) e coordena o setor de compras da Instituição. Pela primeira vez na história o Instituto licitou uma empresa para destinar corretamente as lâmpadas e o lixo do setor de saúde. Mas, segundo ela, lá o cuidado com o lixo é antigo. “Todo o lixo é triado. Nas salas há caixas para os alunos separarem os papéis para a reciclagem, os frascos de agrotóxicos são devolvidos ao fabricante como deve ser, fazemos compostagem dos dejetos animais e também do resto de comida do refeitório. Queremos reaproveitar, reciclar e destinar corretamente tudo o que pudermos”, afirma.