A família do operador de empilhadeiras Mayckon Alexandre de Castro, 34 anos, assassinado há oito dias nas margens da BR-101, em Itajaí, ainda está tentando entender o que aconteceu.
O rapaz tinha se tornado pai há poucos dias e, segundo a mãe, Rosana Castro, 51, não tinha inimizade com ninguém. “A gente não faz ideia do que possa ter acontecido. Não tem explicação. Se fosse uma ...
O rapaz tinha se tornado pai há poucos dias e, segundo a mãe, Rosana Castro, 51, não tinha inimizade com ninguém. “A gente não faz ideia do que possa ter acontecido. Não tem explicação. Se fosse uma doença, um acidente, seria doído, mas não tanto como a maneira que foi”, desabafaRosana.
Mayckon morreu na quarta-feira, dia 9 de agosto, perto do viaduto do bairro São Vicente. Ele estava morando no bairro Espinheiros, com a mulher e a filhinha recém-nascida. Ele tinha saído de casa para ir ao trabalho. “Era um dia normal. Ele saiu para trabalhar”, conta.
Ele era operador de empilhadeiras na MM Reefer, que fica na avenida Adolfo Konder. A família não sabe porque ele parou às margens da BR-101 às 7h50 da manhã.
No local ele recebeu os tiros pelas costas. Nada foi roubado de Mayckon. A polícia encontrou a Biz dele, carteira e celular. “O meu filho não devia nada para ninguém. Só recebi elogio dele no cemitério”, continua a mãe.
Mayckon tinha quatro irmãos. Ele era o homem mais velho da família e até o começo do ano morava com toda a família na rua Cristiano do Nascimento, no loteamento Jardim Esperança, em Cordeiros. Ele só saiu de casa quando a moça com quem tinha um relacionamento engravidou. “Deus foi tão bom que ele chegou a conhecer a filha, a segurar no colo. Ela nasceu antes e tinha seis dias quando ele faleceu”, conta Rosana.
Câmeras não flagraram
A mãe ainda não prestou depoimento na delegacia. “Não sei se mataram por engano. A gente está despedaçado e quer saber o motivo disso”, diz Rosana.
A família pretende organizar uma passeata para pedir justiçaàs autoridades.
A família garante que as câmeras de vigilância da Autopista Litoral Sul, instaladas ao longo da BR-101, não registraram o assassinato. O DIARINHO tentou ouvir o delegado responsável pela investigação, Rodrigo Duarte, mas ele não atendeu as ligações da reportagem na tarde de ontem.