Quatro políticos catarinenses foram retirados da chamada “lista do Ministro Fachin”, que trata de processos ligados à famosa Operação Lava Jato. Entre eles está o itajaiense Décio Lima, deputado federal pelo PT. A deputada estadual Ana Paula Lima (PT), mulher de Décio, o senador Dalírio Beber (PSDB) e Napoleão Bernardes (PSDB), prefeito de Blumenau, são os demais que não serão investigados pela Lava Jato.
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Foi o próprio ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que fez o pedido da retirada dos nomes dos catarinenses. Fachin é o relator do processo no STF e entendeu que as acusações contra ...
Foi o próprio ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que fez o pedido da retirada dos nomes dos catarinenses. Fachin é o relator do processo no STF e entendeu que as acusações contra eles, feitas pela procuradoria Geral da República, não têm nada a ver com a Lava Jato. Por isso, o ministro indicou que os processos sejam colocados no sorteio “da distribuição” e não mais necessariamente com ele.
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Ontem, Décio e Ana Paula comemoraram a decisão. “Eu sempre afirmei: a indicação do meu nome na lista do Fachin, era um erro”, disse o deputado.
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Delação da Odebrecht
A denúncia da Procuradoria havia sido feita depois da delação premiada de dois ex-dirigentes do Grupo Odebrecht. Eles afirmaram que em 2012 deram R$ 500 mil para a campanha de prefeito de Napoleão Bernardes para que a empresa continuasse mantendo contrato na área de saneamento de água e esgoto com a prefeitura. Também disseram que deram a mesma quantia a Ana Paula, concorrente do tucano Napoleão naquela mesma campanha.
Dalírio Beber e Décio Lima entraram no rolo como supostos intermediadores das doações de campanha.
A decisão do ministro Fachin, relator do processo da Lava Jato no Supremo, não exime os políticos catarinenses de investigação. O que acontece é que agora as duas ações serão analisadas separadamente da operação Lava Jato.