Itajaí
Vítimas reconhecem golpista do pacote gospel
Através de foto, vítimas confirmaram que suspeitos venderam um show que não existe
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Vítimas de Balneário Camboriú que compraram um pacote para assistir ao show gospel da cantora Bruna Karla, no Fazzenda Park Hotel, em Gaspar, reconheceram os suspeitos, presos durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A polícia Civil de Brusque também abriu inquérito para investigar o caso. Jhonatan de Oliveira Henschel, Tiago Haveroth e Luís Alexandre Schubert foram presos no dia 31 de julho durante a continuação da operação Off-line do Gaeco, em Blumenau. O delegado de Brusque, Leandro Sales, conta que cinco pessoas registraram boletim de ocorrência denunciando os envolvidos.“Eu verifiquei que tem BOs em outras cidades e ainda estamos tentamos identificar outras vítimas,” diz. Segundo o delegado, os três rapazes são acusados de estelionato. O trio abriu a empresa Cardume Eventos no ano passado, com sede em Blumenau. A empresa era só de fachada, pois não atuava no mercado de eventos. O DIARINHO contou a história numa reportagem que saiu na edição de 1º de agosto, quando vítimas procuraram o jornal para denunciar o golpe. Na época, a delegacia de Balneário Camboriú já tinha sete queixas registradas. O empresário Lucas Nicoletti foi uma das vítimas de Balneário. Outra vítima é Mônica Cajal, 35 anos, proprietária de uma loja no camelódromo de Balneário. Ela reconheceu os golpistas através de fotos enviadas pela delegacia de Brusque. Mônica conta que ficou sabendo do show gospel através de uma rádio Evangélica. Ela e uma amiga entraram em contato com os caras e fecharam um pacote. Os rapazes foram até a loja de Mônica para assinar os papéis. Ela comprou três noites de hospedagem no Fazzenda Park Hotel, com direito ao show, no valor de R$ 4,1 mil e a amiga pagou R$ 1,7 mil. A amiga bem que desconfiou. Daí ligou no hotel e descobriu que tinham caído em um golpe. Os acusados não tinham reservado hotel e o show gospel não estava na programação do Fazzenda Park. Operação do Gaeco A operação Off-line foi estourada no dia 26 de julho. Foram cumpridas sete prisões preventivas, nove temporárias, três conduções coercitivas e 20 mandados de busca e apreensão. O Gaeco investigava desde março fraudes em vendas virtuais em todo o Brasil. A organização criminosa criava empresas falsas, realizava vendas de produtos variados pelo site, recebia os pagamentos através de boletos ou depósitos bancários, porém, não fazia a entrega. O Gaeco identificou pelo menos 18 lojas virtuais criadas pelos criminosos.