Itajaí

Gallo já tinha sofrido acusações em 2016

Desembargador registrou queixa contra duas pessoas por calúnia, em 2016, quando foi acusado de vender sentenças

A polêmica na sessão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, na quinta-feira, não foi a primeira envolvendo o desembargador Eduardo Mattos Gallo Júnior. Em novembro do ano passado, o próprio Gallo registrou um boletim de ocorrência por calúnia contra Carlos Alberto Gomes, que teria afirmado na presença de várias testemunhas “que Gallo era um vendido.” Esta semana, o advogado Felisberto Odilon Córdova acusou o desembargador de pedir R$ 700 mil por uma decisão. O boletim de ocorrência foi registrado por Gallo no dia 7 de novembro de 2016 na 1ª delegacia de Florianópolis. No BO, o desembargador narra que Carlos Alberto Gomes teria dito, na frente de quatro testemunhas, “que tinha o magistrado nas mãos, pois, havia comprado uma liminar no Tribunal de Justiça, onde Gallo é desembargador, por R$ 2 milhões”. Ainda de acordo com o documento, a conversa aconteceu no mês de outubro do ano passado na churrascaria Riosulense, em Florianópolis. Antes disso, no mês de setembro de 2016, o empresário de Itajaí, Fábio Diogo Sartori Leal, teria presenciado uma conversa no restaurante Santo Grill, em Itajaí, quando Carlos Alberto já tinha afirmado que o desembargador “era um vendido e comprava o que quisesse com ele”. No BO, Gallo informa que o comentário aconteceu na presença de várias pessoas, incluindo o ex-sócio do restaurante, Marlon Bellini. As duas situações foram registradas num único BO, onde o desembargador acusa Carlos Alberto de calúnia. Três dias após o BO, a delegada Aline Zandonai instaurou um Termo Circunstanciado para apurar o caso. Ontem, o empresário Marlon disse ao DIARINHO que desconhece a conversa. “Não presenciei nada disso. Talvez ele me citou por eu ter sido proprietário do restaurante, mas não lembro disso”, comentou. O empresário Fábio Leal não foi localizado pela reportagem. Denúncia O desembargador Gallo foi acusado, durante uma audiência de agravo de instrumento na tarde de quinta-feira, de pedir dinheiro para dar uma decisão favorável ao advogado Felisberto Odilon Córdova. A audiência era de um agravo de instrumento que discute R$ 32,5 milhões em honorários advocatícios e acabou sendo suspensa, na 1ª câmara de Direito Civil do TJ, em Florianópolis. O advogado Felisberto acusou o desembargador de ter pedido o dinheiro através de um intermediário que foi até o escritório de Córdova. Gallo teria pedido R$ 700 mil para dar uma decisão favorável. Em nota, o desembargador disse que nunca conversou pessoalmente ou através de intermédiarios com nenhuma das partes envolvidas no processo. O desembargador acredita que o objetivo da acusação é forçar um resultado favorável. Tanto que em primeiro grau, o advogado atacou dois magistrados, que se afastaram do processo. Gallo pediu ao TJ que esclareça os fatos e que, para isso, abriu mão dos sigilos fiscais, financeiro, telefônicos e de dados. O desembargador representou criminalmente o advogado pelos crimes de ameaça e contra a honra. Gallo voltou a citar que é magistrado há mais de 25 anos e nunca teve qualquer acusação contra a sua conduta. Também em nota, ontem, o advogado Felisberto disse que fez a acusação contra o desembargador relator e não contra os demais membros do TJ. O advogado espera a apuração da denúncia pelo Ministério Público e diz que a OAB está atenta ao caso. Frisa que a audiência foi suspensa e que o retorno será dia 17 de agosto, mas que na próxima quinta mais dois recursos serão julgados. AMC e OAB se manifestam A associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) comentou o fato em nota. A AMC se diz preocupada com as acusações, mas repudia a forma como foram feitas, com ataques e ofensas verbais ao desembargador. Ela afirma que as acusações precisam ser apuradas. O presidente da OAB/SC, Paulo Brincas, disse que os advogados têm a prerrogativa profissional de ocupar a tribuna pra fazer denúncias e que a instituição tem o dever de garantir esta prerrogativa. A OAB criou uma comissão integrada para atuar no caso. O presidente da OAB de Itajaí, Murilo Zipperer, é um dos integrantes da comissão.



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