O hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, e o hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, prestam serviços essenciais à comunidade da região, mas recebem tratamentos diferentes do governo estadual. Enquanto a unidade peixeira está prestes a ganhar R$ 700 mil pra uma reforma, a da Maravilha do Atlântico pode até fechar as portas em alguns meses.
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Os dois maiores hospitais da região enfrentam problemas parecidos, que vão desde a superlotação até a falta de estrutura. Eles também sofrem com a escassez de recursos e seus administradores sempre ...
Os dois maiores hospitais da região enfrentam problemas parecidos, que vão desde a superlotação até a falta de estrutura. Eles também sofrem com a escassez de recursos e seus administradores sempre chiam por causa da grande quantidade de pacientes vindos de outras cidades. No entanto, os perrengues do Marieta devem ser solucionados antes, pois os dois deputados estaduais da região estão mexendo os pauzinhos pra conseguir uma grana do governo barriga-verde pro hospital peixeiro. Já o Santa Inês não tem nem previsão pra receber ajuda.
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O deputado estadual Volnei Morastoni (PT), integrante da comissão de Saúde da assembleia legislativa, afirma que as dificuldades do Marieta passam pela precariedade do Santa Inês, pois a unidade do Balneário, segundo Volnei, caminha pra fechar as portas. Se eles [Santa Inês] fecharem, a situação do Marieta vai piorar. Por isso, a necessidade de recursos urgentes pro hospital [de Itajaí], destaca, dizendo que a unidade peixeira precisa hoje de R$ 700 mil pra fazer uma reforma no 8° andar, que possibilitaria a criação de 40 novos leitos. Eu visitei o pronto-socorro, e a sala de espera estava lotada, os corredores entupidos de gente. As pessoas esperando leitos que não existem, revela.
O orçamento da reforma, de acordo com Volnei, divide-se em R$ 200 mil pras obras e R$ 500 mil pra contratação de médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem. Seria necessário o acréscimo de mais de 100 profissionais, afirma. O deputado espera na quinta-feira, com a visita a Itajaí do secretário estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, conseguir a liberação da verba pro Marieta. Se sair o dinheiro, as obras são para ser feitas em uma semana. Dentro de pouco tempo, poderemos ter mais 40 leitos. Em relação ao Santa Inês, o interesse é outro e Volnei diz que é preciso o hospital se organizar e honrar seus compromissos. Eles precisam resolver seus problemas, lasca.
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Também integrante da comissão de Saúde na assembleia, o deputado estadual Dado Cherem (PSDB) diz que o auxílio pro Marieta virá em razão do hospital ter se tornado a única referência do SUS na região. Segundo Dado, o motivo do Santa Inês estar passando por dificuldades é o fato da prefeitura não dar preferência pra saúde. O prefeito não está priorizando a saúde. Estou à disposição, mas sempre sou recebido com pedradas no Santa Inês. Se houver necessidade, eu vou ajudar, promete, acrescentando que nunca recebeu pedidos de verba do hospital do Balneário.
Não deixe de conferir na edição de hoje do DIARINHO o entrevistão com o diretor geral do Santa Inês, Eroni Foresti, que abre o jogo sobre todos os perrengues que o único hospital do Balneário vem sofrendo nos últimos tempos.
Espaço pra emergências
Zilda Bueno, advogada do hospital Marieta, conta que o 8° andar da unidade tá fechado há seis meses por problemas estruturais, depois de um laudo da vigilância sanitária. Zilda lembra que ali funcionava a cardiologia clínica, mas que, com a possível reforma, o espaço será pros atendimentos de emergência e urgência. Os pacientes do Santa Inês e de outras cidades vêm todos pra cá. A situação tá caótica e está difícil de seguir trabalhando assim. Precisamos mais leitos, reclama.