O policial civil Jaison Batista Junior foi quem acabou ganhando as pulseiras de aço na madrugada de sábado. O tira chegou manguaçado em uma pastelaria de Piçarras, sacou da arma e ameaçou funcionários e clientes. Ele chegou a ser detido e, agora, deve ser encaminhado para tratamento pra resolver o problema de alcoolismo.

O bafão rolou por volta da 1h. De acordo com informações da polícia Civil, Jaison chegou de carro na pastelaria Blumenau, na avenida Nereu Ramos, no centro, pela contramão da via. Ele pediu uma cerveja, mas como o comércio já tava fechando, não teve o pedido atendido. Foi então que o policial ficou fulo, puxou o trabuco da cinta e ameaçou quem tava por lá.

Até então, os funcionários não sabiam que Jaison era um tira e acharam que o lance poderia ser um assalto. Ainda segundo a polícia, um funcionário viu Jaison se armando dentro do carro e, por isso, a suspeita de roubo era ainda maior. Os fardados foram chamados e quando chegaram na pastelaria, sideram conta de que Jaison era um policial civil e chamaram o delegado da city, dotô Rodrigo Farah. O delegado atendeu o caso e permitiu que os milicos continuassem com o procedimento.

Jaison foi detido e levado pra depê de Piçarras. A arma dele, uma pistola ponto 40, da secretaria de Segurança Pública (SSP), e seu carro, um Ka, placa não divulgada, ficaram apreendidos. Em seguida, o policial foi encaminhado pra delegacia Regional, em Itajaí.

É doente

De acordo com o delegado regional, Rui Garcia, Jaison vai responder a termo circunstanciado (TC) pela confusão na pastelaria e também será aberto processo administrativo pra apurar a conduta dele. Além disso, já foram retiradas a arma e a credencial do tira, que deve ser encaminhado a tratamento clínico para resolver o problema de alcoolismo.

O diretor da polícia Civil do Litoral, delegado Arthur Nitz, e o próprio dotô Rui afirmam que Jaison tem problemas com alcoolismo. “Como pessoa ele é maravilhoso, mas ele bebe e se passa. Temos um departamento dentro da polícia Civil que cuida disso e o Recursos Humanos vai encaminhá-lo para tratamento, se ele quiser”, explica o delegado regional.

Jaison tem cerca de 20 anos de trampo na polícia Civil e atualmente trabalha na 1ª depê peixeira. Segundo o próprio dotô Rui, esta não é a primeira vez que o policial simete em encrenca. “Ele já tem histórico dentro da corporação e tá respondendo a outras sindicâncias”, conta.