O auxiliar de biblioteca M.R, 53 anos, acusado de abusar de alunas da escola Básica Edy Vieira Rothbarth, dos Salseiros, em Itajaí, prestou depoimento ontem pela manhã ao delegado Fabrício Wloch. M., que foi acompanhado por um advogado, teria negado as denúncias.
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Aproximadamente uma hora foi o tempo que o bibliotecário levou pra contar sua versão à polícia. Sob alegação de um caso corre sob sigilo, o delegado disse apenas que M. se declarou inocente das ...
Aproximadamente uma hora foi o tempo que o bibliotecário levou pra contar sua versão à polícia. Sob alegação de um caso corre sob sigilo, o delegado disse apenas que M. se declarou inocente das acusações e teria afirmado ainda que cuidava das crianças no ambiente de trabalho.
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Além do bibliotecário, o dotô ouviu ainda a diretora da escola, Keity Fabiana Rodrigues e uma especialista em educação, também do mesmo colégio. As duas garantiram que nunca viram nenhum tipo de material pornográfico rolando pela biblioteca ou nas mãos de M. e que não tinham conhecimento sobre os supostos abusos.
No total, o delegado ouviu oito meninas de 11 a 13 anos e seus pais. Todas as crianças contaram histórias parecidas. M. abusava passando a mão nas partes íntimas, pedia para sentar no colo, dava tapinhas na bunda e até as chamava de gostosa.
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O delegado Fabrício Wloch pretende concluir o inquérito e apresentá-lo ao ministério Público até o início da semana que vem. Caso seja confirmado, M. deve responder pelo crime de estupro de vulnerável, que dá de oito a 15 anos de cana.
Anadir Schneider, do conselho tutelar, informou que até ontem não havia recebido oficialmente o caso e aguarda que os pais e a direção escola encaminhem as crianças para avaliação e tratamento. O pessoal do conselho já teria feito contato com a direção da escola, mas não obteve retorno.
Entenda o caso
O escândalo estourou há 10 dias, quando um irmão de duas alunas deu queixa à polícia acusando o funcionário da escola de abusar das meninas.
Pelo relato das crianças, os abusos aconteciam dentro da biblioteca. Para que as meninas não contassem pra ninguém, o bibliotecário fazia ameaças dizendo que as mães seriam atropeladas ou jogadas da escada. M. foi foi transferido para a secretaria de Educação depois do bafão vir à tona.