O povo que circula pela praia do Gravatá, em Navegantes, não tem data pra ter seu calçadão de volta e, pra piorar, precisa tomar muito cuidado pra não se machucar quando andar por lá. Depois de ser atingida por várias ressacas nos meses de maio e junho, o balneário que faz a divisa de Navega com Penha sofre com o mau tempo, que tá impedindo os peões da prefa de darem uma garibada no espaço. Desta forma, o trecho da orla castigado pelas ondas vai seguir, por tempo indeterminado, com buracos e sem acesso decente pra população. Pra piorar, não há sinalização pra alertar os pedestres, que podem se quebrar se não tiverem atenção.
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Há cerca de duas semanas, o paredão que faz a proteção do calçadão da avenida beira-mar do Gravatá foi zoado com a força das ondas e hoje corre o risco de desabar. O secretário de Obras dengo-dengo ...
Há cerca de duas semanas, o paredão que faz a proteção do calçadão da avenida beira-mar do Gravatá foi zoado com a força das ondas e hoje corre o risco de desabar. O secretário de Obras dengo-dengo, Valmir César Francisco, o Chero, confirma que a parede será reconstruída, mas lembra que isso não tem data pra rolar, pois o mau tempo tem atrapalhado. Fazer uma reforma paliativa no momento é impossível, não temos como mexer ali agora. O mar pode vir com força novamente e destruir mais ainda, justifica.
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Chero afirma ainda que o trampo vai servir pra conter o muro e melhorar as calçadas danificadas. Mas o abobrão admite que o serviço somente irá atenuar o problema, pois a solução dele é bem mais complexa e depende de verba do governo federal. Pra reconstruir tudo novo o gasto será de R$ 500 mil. Agora, pra darmos uma solução urgente nisso, vamos gastar algo em torno de R$ 150 mil, afirma, sem considerar que uma nova ressaca pode jogar os 150 mil fora dinovo.
Diz que foi sinalizado
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A reportagem foi até a área destruída da praia do Gravatá e viu que não existe nada pra alertar o povão por lá. Mas o secretário de Segurança Pública e defesa Civil de Navega, Joab Duarte Bezerra Filho, ainda sem saber da bizolhada do DIARINHO, garantiu que a prefa fez toda a sinalização no entorno e o problema era que as pessoas não a respeitavam. Nós sinalizamos e existe espaço suficiente pra circular fora da área de perigo, mas as pessoas insistem em passar na beira da praia, discursa.
Depois de saber que a reportagem esteve no local, Joab justificou que a faixa que delimitava o espaço foi arrancada por vândalos. O mar tá impossibilitando qualquer serviço. Mas hoje eu vou colocar uma nova placa por lá, regulando de novo o espaço onde as pessoas devem caminhar, conclui.
Nova ressaca detona tudo de novo
No mês passado, o doutor em Engenharia Oceânica e professor de Oceanografia da Univali, João Luiz Batista de Carvalho, garantiu ao jornal que as obras previstas pela prefa são pura perda de tempo e de dinheiro. Uma solução definitiva, segundo sabichão, seria alargar a faixa de areia do Gravatá.