Um relatório da organização das Nações Unidas (Onu) alertou pro uso excessivo de alguns tipos de medicamentos no Brasil e pra estabilidade no consumo de drogas ilegais (veja detalhes sobre a drogalhada na página 6). A pesquisa foi realizada pelo escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), publicada por causa do dia Mundial Contra o Abuso e Tráfico de Drogas, que será neste domingo. De acordo com os dados, uma alta quantidade de uso não médico de analgésicos opioides foi relatada na Costa Rica, Chile e Brasil.
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A Onu afirma na papelada que cerca de um milhão de brasileiros estariam usando esses medicamentos atualmente, sem nenhum tipo de orientação. O fato é facilitado porque não é preciso receita médica ...
A Onu afirma na papelada que cerca de um milhão de brasileiros estariam usando esses medicamentos atualmente, sem nenhum tipo de orientação. O fato é facilitado porque não é preciso receita médica pra comprar as bagaças. Mas na city peixeira, as otoridades garantem que o consumo desses remédios não cresceu e nem diminuiu.
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Pra coordenadoria de Vigilância Sanitária de Itajaí, os medicamentos em questão seguem sendo bem controlados na city. Na nossa região, o consumo de opioides é bem regulado e não cresceu. Além disso, nem todas são cadastradas pra receber esse tipo de medicamento, explicou o farmacêutico Gessé Kunen, coordenador do serviço de vigilância sanitária peixeiro.
Os farmacêuticos peixeiros também confirmam que não houve crescimento no consumo dos remédios citados pela Onu, mas fazem um alerta sobre o uso de opioides. As farmácias têm controle sobre medicamentos desse tipo. Mas não houve nenhum aumento de consumo recente aqui. Remédios à base da substância codeína, como os opioides, perdem o efeito se usados indiscriminadamente, então as pessoas devem sempre consultar um médico, alerta a farmacêutica Ana Paula, que trabalha no centro da cidade.
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Vendas de antibióticos caem
Por outro lado, a venda de antibióticos nas farmácias da city caiu desde a resolução aplicada em outubro do ano passado, pela Agência Nacional de Saúde (ANS), que proibiu a compra sem receita médica. Nessa época do ano, as pessoas procuravam mais por causa dos resfriados. Hoje, as vendas de antibióticos caíram pela metade, até por causa do acesso que a população tem a médicos, afirma a farmacêutica Daiane Siqueira.
Já nos hospitais públicos não houve alteração, pois, segundo o gerente de ações farmacêuticas da secretaria de Saúde de Itajaí, Danilo Ferreira, as receitas médicas sempre foram exigidas. Nos hospitais públicos, todos os remédios só podem ser distribuídos com receita, então a nova resolução da ANS não alterou nossa rotina de trabalho, avisa o sabichão.
Saiba mais sobre os analgésicos opioides
Segundo informações do ministério da Saúde, os analgésicos opioides são indicados pro alívio de dores moderadas a intensas, particularmente de origem visceral. Em doses terapêuticas são razoavelmente seletivos, não havendo comprometimento de tato, visão, audição ou funcionamento intelectual. Comumente não eliminam a sensação dolorosa e, sim, minimizam o sofrimento que a acompanha, com pacientes sentindo-se mais confortáveis.
Os opioides são medicamentos muito potentes pra dor e fazem parte do arsenal terapêutico do dia-a-dia, mas vale a pena lembrar que toda e qualquer medicação deve ter o seu uso controlado por médicos e outros profissionais da áreas de saúde, pra evitar que as pessoas sofram com vícios e abuso de remédios.
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