Pra Sanção Souza Ferreira, dirigente do Siticon, duas situações comuns entre Balneário e Itapema ajudam a agravar ainda mais o problema da falta de segurança nos canteiros de obra. Um deles, afirma, é a informalidade do setor. Dos quase sete mil trabalhadores que atuam na construção civil, mais de dois mil deles não têm carteira assinada. Temos visto isso até mesmo em obras financiadas pela caixa Econômica Federal, que é um banco público, observa.
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Por conta disso, explica, o sindicato não consegue ampliar sua fiscalização nos locais de trabalho. Estamos todos os dias nos canteiros de obras, mas sem ter um registro oficial desses trabalhadores ...
Por conta disso, explica, o sindicato não consegue ampliar sua fiscalização nos locais de trabalho. Estamos todos os dias nos canteiros de obras, mas sem ter um registro oficial desses trabalhadores, fica mais difícil fiscalizar, reclama.
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O outro problema tá ligado ao crescimento da atividade que, afirma o sindicalista, tem trazido para a região empresas que não tem como prática cumprir a legislação trabalhista. Tem empresas que dá até gosto de entrar no canteiro de obras. Mas tem outras que fazem de tudo pra mostrar que acham que o trabalhador da construção civil não é um ser humano, descasca.
O sindicalista acusa que além de não dar condições de segurança, algumas construtoras escondem os perrengues e não fazem a comunicação de acidente de trabalho (CAT), que é um documento obrigatório, que deve ser entregue ao ministério do Trabalho e ao sindicato da categoria. Com as grandes, que tão consolidadas, isso não acontece. Mas com aquelas que vêm de fora, que são menores, é algo comum, afirma Sanção.
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