Itajaí

Cães abandonados se multiplicam em Itajaí

Coordenadora do canil municipal lasca que desalmados andam despejando cachorros na porta da instituição

Por cinco meses, largada à própria sorte, uma rotweiller sofreu na pele o abandono infligido por um dono irresponsável. Pra se alimentar, a cadelinha dependia dos restos de comida lançados por pedestres que caminhavam na calçada da rua Israel de Almeida, no São Viça.

Pra molhar a garganta, só com a água enviada por São Pedro. A situação só teve fim quando a defensora voluntária Renata Narcizo Machado resgatou o animal, preso em um terreno cheio de entulho e ...

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Pra molhar a garganta, só com a água enviada por São Pedro. A situação só teve fim quando a defensora voluntária Renata Narcizo Machado resgatou o animal, preso em um terreno cheio de entulho e lixo. “Ela mal saía da casinha, de tanta depressão”, afirma Renata. Assim como a rotweiller de Itajaí, outros cães vivem a mesma situação em Navegantes e Balneário Camboriú.

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Foi por meio de denúncia que a defensora encontrou a cachorra abandonada. Depois de muito procurar, Renata encontrou a dona da bichinha. Segundo ela, a muié confessou que enjoou da cachorra, por considerá-la velha demais (ela tem 10 anos). “O pior é que a dona dessa cadela me garantiu que passava todos os dias para tratá-la. A rotweiller foi adotada e encontrou um berço de ouro. Tá sendo tratada como diva por uns ricaços peixeiros”.

Sete por dia

Na city peixeira, o abandono de cães é mais comum no São Viça, segundo informações da coordenadora do núcleo de Zoonoses da prefa, Ieda Passos, que também coordena o canil municipal. Todos os dias são infinitas ligações de pessoas denunciando ou querendo silivrar do seu bichinho.

Pra entrar no canil da city, o cãozinho não pode ter dono, tem que estar comprovadamente doente ou ser vítima de atropelamento. “Não adianta as pessoas mentirem. A equipe de recolhimento vai até o local e faz a triagem. A gente não recebe animais aqui na porta”, explica Ieda. Todos os dias, pelo menos sete cachorros são recolhidos das ruas peixeiras contra, no máximo, três adoções. O canil itajaiense conta hoje com mais de 300 totós.

“Não existe animal sem dono, existe dono irresponsável”, lasca Ieda.

A coordenadora também implora pra que ninguém abandone os dogs nas proximidades do canil. “Os funcionários estão anotando a placa de todos que procuram o canil pra deixar animais. Se depois eles aparecerem abandonados na região, o nome do proprietário é solicitado pra coordenadoria de Trânsito e Transportes (Codetran).

“Dessa forma a gente faz uma notificação por maus tratos e encaminha pra Famai [fundação Municipal do Meio Ambiente de Itajaí]. “Então que as pessoas pensem duas vezes antes de fazer qualquer coisa”, adverte a abobrona.

Ação polêmica em Navega “reintegra” cães nas ruas

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A city dengo-dengo não é tão feliz no recolhimento de animais das ruas. Em Navega não há canil, veterinário responsável, nem ninguém que se comprometa com a causa animal. O único que dá a vida pelos bichos é o adestrador Nilton Oliveira Martins, o Macra.

A prefa contratou o homi pra cuidar, na própria casa, dos bichos atropelados e raivosos. De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Juliano Busana, os animais são tratados e reintegrados à sociedade. “Eles são reintegrados seja por meio de adoção ou voltando pra rua”.

O próprio Macra confessa que não tem espaço pra abrigar todos os animais. Depois de um mês, caso os animaizinhos não encontrem um dono, são soltos no mesmo lugar em que foram encontrados. “O meu trabalho é cuidar dos doentes”, alega Macra.

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Busana revela que são feitos 15 recolhimentos de cães por mês em Navega. A maioria das ocorrências rola na beira da BR-470 e na via portuária. “Cachorro que tem dono a gente não faz tratamento. Cada pessoa é responsável pelo seu animal. Não temos um depósito de animais”, frisa. Segundo o diretor, existe um projeto em desenvolvimento pra construção duma casa de passagem pra recuperação dos animais. No entanto, o projeto nem saiu do papel.

Aipra desce o cacete

“O que Navegantes tem em relação à causa animal é só discurso”, lasca o presidente da associação Itajaiense de Proteção Animal (Aipra), Roberto Pereira. Segundo ele, Navega precisava, no mínimo, dum convênio com uma clínica veterinária, em que as comunidades pudessem ser atendidas. “É claro que não dá pra recuperar o cão e jogar na rua de novo. A lei não permite. Tem que ser recuperado e doado. Os animais sofrem muito em Navegantes”, lamenta Roberto.

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Dá cadeia

Você que já largou cão na rua por qualquer motivo, poderia ter sido preso. É isso mesmo, sem contar a multa no lombo. É que garante a lei ambiental 9605/98. Pro crime se caracterizar, o proprietário precisa ser identificado.

Se o malandro abandona o cãozinho e não deixa nenhum rastro, a lei não tem aplicabilidade. Portanto, sempre que alguém avistar um camarada abrindo a porta do carro e largando uma caixa com bichos, deve anotar a placa e registrar um boletim de ocorrência. Somente com denúncias completas a justiça em favor dos animais poderá ser feita.






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