Itajaí

Escuridão, buracos, lama e vala a céu aberto

Escuridão, buracos, lama, obras a passos de tartaruga, vala à céu aberto, placa caída. Essa é a realidade na Vila da Miséria. Muitos podem ser as definições pro loteamento da Murta, no bairro Cordeiros. O cenário do pequeno vilarejo é assustador, principalmente à noite. Seis postes sem luz deixam o povão num breu total há pelo menos um mês.

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A moradora Carli Verona Carneiro, 23 anos, exige respeito por parte das otoridades. “Isso aqui não é um curral, eles estão lidando com pessoas”, bronqueia.

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A moradora Carli Verona Carneiro, 23 anos, exige respeito por parte das otoridades. “Isso aqui não é um curral, eles estão lidando com pessoas”, bronqueia.

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A prefa culpa a chuva pelos perrengues e espera o tempo firmar pra fazer alguma coisa.

A reportagem do DIARINHO tá acompanhando a situação da Murta há duas semanas. Nos últimos dias de chuva quase teve o carro da reportagem atolado na rua Eugênio Pezzini, em meio à escuridão. A sensação era a de estar num rali. Ontem, São Pedro deu uma trégua e o sol resolveu aparecer. Mas não foi o suficiente pra secar toda a lama. Por conta das obras de esgoto que tão rolando na região desde maio, o povão precisa andar de galocha pra não se sujar.

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Carli conta que tá difícil voltar pra casa depois do trampo. “Quem anda de bicicleta ou a pé tem dificuldades na travessia. Tá difícil até pros ônibus entrarem”, revela. A jovem ainda pede que a alguém assuma a bronca da vala na rua principal. “Não sei se a responsabilidade é da empresa que tem ali perto, ou é da prefeitura. Mas alguma coisa precisa ser feita. Quando enche, toma metade da rua e não tem espaço pra passar”.

O quarentão Janilton da Silva tá desempregado e por isso fica de olho dia e noite em tudo o que rola no loteamento. “Um dia de sol como esse e não vem ninguém pra trabalhar? Desse jeito não vão acabar mesmo essas obras”, lasca. Janilton garante também que a peãozada tá fazendo o serviço todo pela metade. “É só olhar as partes que eles já colocaram lajota. Falta fazer todo o acabamento”.

Até funcionários públicos tão de saco cheio com a situação na Murta. R.R., 25, é contratada da prefa e tá preocupada com a escuridão que toma conta do pedaço. “As crianças saem pra escola às 6h30 e ainda é tudo escuro. É muito perigoso. Sem contar com os usuários de drogas que nós sabemos que tem. Isso preocupa mais ainda”. R. foi uma das moradoras que já ligou pra secretaria de Obras pedindo que consertassem a luz. Mas até agora nada. “Faz um mês que tá tudo no escuro e eles não tomam providência”, conta, indignada.

Obras só com sol

A reportagem do DIARINHO encontrou ontem à tarde um único peão trampando. Ele e sua pá. Tarcízio Zanelato, secretário de Obras da city peixeira, conta que pra cada dia de chuva, leva-se de três a cinco pra conseguir retomar os trampos. “Não é um dia de sol que vai determinar o andamento dos trabalhos. Como vai trabalhar na lama? Tem que dar uma enxugada. Caso contrário, o serviço não rende”, sisplica o abobrão.

Postes sem luz. O povão da Murta enfrenta um blecaute total há pelo menos um mês. A secretaria de Obras tenta dar conta das 111 solicitações pra conserto de postes em toda a cidade. Sabe-se lá quando chegará a vez da abandonada Vila da Miséria. Tarcízio Zanelato garante que os consertos atrasaram por conta das chuvas. No entanto, espera-se que dentro de 48 horas a luz resplandeça novamente sobre a vila.

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Quem não sabe chegar na rua Agostinho Soares sozinho não consegue encontrá-la. A placa que indica a localidade foi arrancada pra dar lugar aos entulhos. Há 20 dias está jogada em frente à casa dum morador, sem previsão pra voltar pro lugar. O secretário de Urbanismo da city peixeira, Paulo Praun, tomou nota do perrengue e deu a palavra que vai pedir pra empresa fazer a recolocação. O prazo pra ficar tudo tinindo é de 15 a 20 dias.

Sem calçada e calçamento, uma vala a céu aberto toma conta de todo o quarteirão da Eugênio Pezzini. Em dias de maré alta, não demora muito pra água nojenta chegar às casas. De acordo com o secretário de Obras, a responsabilidade é da natureza. “Não tem o que fazer ali, a área está abaixo do nível do mar”, garante. Com isso, o povão vai ter que aprender a conviver com a nojeirada. A não ser que o secretário mude de ideia e busque uma alternativa pra população.

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