Quem saiu de casa na segunda-feira sofreu com o frio mais intenso do ano em Itajaí. Os termômetros marcaram mínima de 4,5ºC na city peixeira e, segundo os sabichões da meteorologia, hoje a temperatura deve ser ainda mais baixa. Dados da Epagri/Ciram apontam que a terça-feira pode ter mínima de 2ºC e a sensação térmica na região pode ficar abaixo de zero, por causa dos ventos.
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Com tanto frio, a maioria do povão só saiu de casa mesmo por obrigação. Foi o caso da dona-de-casa Elsa Maba, de 74 anos, que precisou ir no médico de manhã. A vontade era de ficar em casa bem ...
Com tanto frio, a maioria do povão só saiu de casa mesmo por obrigação. Foi o caso da dona-de-casa Elsa Maba, de 74 anos, que precisou ir no médico de manhã. A vontade era de ficar em casa bem agasalhada, mas tinha uma consulta marcada e nessa idade não dá pra descuidar, conta dona Elsa.
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O climatologista Sergey Alex de Araújo, que coordena o laboratório de climatologia da Univali, reforça que hoje será ainda mais frio que ontem, mas acha que as temperaturas não devem atingir 2ºC. A semana deve ser a mais fria do ano até agora, com mínimas em torno de 4ºC. Nesta terça [hoje], devemos ter também o dia mais frio na região de Itajaí. No estado, a marcação mais baixa até agora foi na semana passada: -9,9ºC em Urubici, lembra o sabichão.
Por falar em Urubici, o frio intenso e os ventos fortes deram sensação térmica de 27°C abaixo de zero na madrugada de ontem por lá. A noite foi gelada em toda a Santa & Bela, com direito a geada em alguns municípios do Oeste e Planalto do estado.
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Menores da história
Ainda pelas informações da Epagri/Ciram, a menor temperatura da história em Itajaí foi 0,5ºC abaixo de zero, registrada no dia 3 de agosto de 1991. A mais baixa do mês de junho rolou no dia 19 de 1981, quando os termômetros marcaram 0ºC. E a mais fria de julho na city peixeira foi no dia 31 de 1982: 0,2ºC.
Abrigos ajudam quem tem a rua como casa
Pra quem quer fugir do frio e não tem pra onde ir a opção são as casas de passagem administradas pelas prefas da região, onde os hóspedes têm direito a refeições diárias e ainda recebem ajuda pra conseguir um emprego ou passagem pra retornar à cidade de origem.
Em Itajaí, a casa de Apoio Social, na rua José Liberato, 5237, bairro São Judas, já está lotada desde a semana passada. Além disso, o coordenador técnico da secretaria de Desenvolvimento Social da city, Fabrício Marinho, explica que os funcionários da casa doam cobertores pros moradores de rua que não querem ir pro abrigo. A casa de Apoio Social está trabalhando acima da sua capacidade. Hoje, há 18 pessoas lá, sendo que a capacidade é 15. Além disso, a Kombi do programa de Orientação ao Migrante entrega cobertores a moradores de rua que não querem ir pro abrigo, destaca.
No Balneário Camboriú, o chefe da diretoria de Resgate Social da prefa, Paulo Roberto de Souza, confirma que a casa de passagem da city, localizada na BR-101, km 130, bairro da Várzea do Ranchinho, fica socada nesse período mais frio. O número de hóspedes aumenta cerca de 40%, mas o fluxo é bem grande. Em média, as pessoas ficam menos de 48 horas na casa, pois nossa equipe procura familiares ou tenta conseguir um emprego pra eles, revela.
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