O cabo Arlindo Manoel Bittencourt e o soldado José Eduardo Jesuíno, da polícia Militar do Balneário Camboriú, foram condenados por envolvimento com o tráfico de drogas. Apesar do canetaço, eles ganharam o direito de recorrer da decisão soltins da silva.
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Os policiais são acusados de cobrar do traficante Ademir da Luz Fernandes, o Adi, uma porcentagem do lucro da sua boca de fumo no bairro dos Municípios. Em troca, eles aliviavam nos atraques. O ...
Os policiais são acusados de cobrar do traficante Ademir da Luz Fernandes, o Adi, uma porcentagem do lucro da sua boca de fumo no bairro dos Municípios. Em troca, eles aliviavam nos atraques. O cabo Bittencourt teria até mesmo atirado contra a casa do trafica pra convencê-lo a fazer o pagamento da propina.
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Pela condenação, publicada ontem, Bittencourt terá que pagar pra dona justa cinco anos de reclusão e mais multa de R$ 12 mil por associação com a venda de drogas. Ele ganhou o arrego de responder pela pendenga no regime semiaberto, ou seja, passa o dia na rua e volta pro xadrez só pra dormir.
O fardado Zé Jesuíno terá que responder por três anos pelo mesmo crime. Ele também foi condenado a pagar 12 mil contos. O soldado conseguiu o arrego de cumprir a pena em liberdade. Em troca, irá ter que prestar serviços pro povão e distribuir cestas básicas pra entidades ainda a serem selecionadas.
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Junto com os PMs bandidos foi condenado o trafica Adi. Ele terá que pagar três anos e três meses de cana, também no regime semiaberto.
O juiz Roque Cerutti justificou na sua decisão que deu o direito aos réus de responderem em liberdade, afirmando que eles não seriam considerados perigosos pro povão.
O trio está preso desde o início de fevereiro. Adi tá engaiolado em Chapecó. Como tem outras broncas por lá, não ganhará as ruas tão cedo. Já os PMs até ontem continuavam detidos na cadeia dos fardados, em Floripa.
O comando da PM informou ontem à tarde que ainda não havia sido notificado da decisão da dona justa e só iria se manifestar depois do comunicado oficial. Não foi informado se os policiais voltarão a trampar na corporação.
O promotor José de Jesus Wagner também quer se inteirar mais dos fatos pra comentar o assunto. Ainda tenho que analisar para ver se cabe recurso.