Restos de cimento, pedaços de tijolo e entulho de obra. A construção dum prédio no número 116 da rua 228, em Itapema, tá mais do que fazendo sombra. José Renato Araújo, morador de final de semana da região, não siconforma com a falta de segurança na obra. 
  	Pra ele, o pior mesmo é a estrutura montada pra erguer o edifício. Segundo ele, não há proteção suficiente que evite a queda de material, que acaba atingindo carros parados na rua e telhados das ...
 
  	Pra ele, o pior mesmo é a estrutura montada pra erguer o edifício. Segundo ele, não há proteção suficiente que evite a queda de material, que acaba atingindo carros parados na rua e telhados das casas vizinhas. É uma obra sem bandejas. Cai da edificação tudo quanto é tipo de materiais, lasca José.
 
        
        
        
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           	A síndica do condomínio nos fundos da obra, J.E.S., confirma os perrengues dedurados pelo veranista. Os trabalhadores não têm segurança, não usam cinto. E falta uma proteção do lado de trás do prédio, porque fica em cima do nosso estacionamento. 
   	A muié trampa há quatro anos ali do lado e conta que já ouviu reclamações de diversos moradores, apreensivos com a possibilidade de terem os carangos atingidos por restos da obra.
    	Mas há exceções. Astor Bender, residente na casa ao lado do prédio, acha a situação normal. Quebraram algumas telhas do meu telhado, mas já consertaram. É uma obra, argumenta. 
   	Um dos pedreiros da obra, Antonio Pereira Filho, diz: Temos uns probleminhas. Mas até agora só um cara que mora ali atrás [morador não identificado] veio reclamar. Sobre a falta de segurança, ele admite a falha. Temos equipamentos, mas usa quem quer, diz o pedreiro.
     	Sem proteção
    	A reportagem esteve no local e flagrou peões sem capacetes de proteção. Todos estavam sem cinto de segurança. Quanto à falta da proteção lateral pra conter objetos da obra, o DIARINHO encontrou a bandeja em apenas um dos lados do prédio.
   	No local, a repórter do DIARINHO foi apresentada a um homem apontado como dono da obra. O cara não quis se identificar e nem falar sobre os flagrantes de irregularidade. Eu só quero saber quem fez a denúncia. Se não aparecer o nome da pessoa no jornal, eu vou processar o jornal, esbravejou o desconhecido.
   	A obra tem o selo de fiscalização da secretaria de Gestão Urbana de Itapema e do conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina (Crea). 
 
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   	O DIARINHO tentou contato com os fiscais da prefa de Itapema. No entanto, ninguém foi encontrado para comentar o caso. O Crea também não quis se posicionar sobre o caso.