O primeiro casamento gay em Santa Catarina rolou ontem na city peixeira. A juíza Sônia Maria Mazzetto Moroso, titular da 1ª Vara Criminal de Itajaí, assinou o documento que a torna casada com Lilian Regina Terres. As duas já era casadas na religião Umbanda, desde o ano passado. Elas só estavam esperando sair o papéli da dona justa autorizando a união civil.
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O casamento foi registrado às 18 horas desta sexta-feira. Dotora Sônia e a companheira tavam ansiosas pra registrar a união. A juíza disse ao DIARINHO que essa é a primeira união homoafetiva em ...
O casamento foi registrado às 18 horas desta sexta-feira. Dotora Sônia e a companheira tavam ansiosas pra registrar a união. A juíza disse ao DIARINHO que essa é a primeira união homoafetiva em Santa Catarina. É a primeira no estado e eu sou a primeira juíza a assumir, comemorou.
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As duas já tinham um relacionamento estável antes da união oficial. Elas se casaram no dia 29 de maio do ano passado, numa cerimônia da religião Umbanda. Ontem, elas comemoraram muito a caneteada do juiz de Direito Roberto Ramos Alvim, que as autorizou a ter o casório civil. Duas horas depois, elas já estavam no cartório Heusi pra selar a união. Familiares e amigos das mulheres acompanharam a cerimônia. Rafaello, filho da juíza Sônia, também tava presente na cerimônia e ansioso pela união. Ele me chama de mãe e ela [Lilian] a mamusca, conta Sônia.
Com o casamento, Lilian e Sônia decidiram acrescentar os sobrenomes uma da outra, ficando Sônia Maria Mazzetto Moroso Terres e Lilian Regina Terres Moroso.
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Polêmica
O primeiro casamento homoafetivo do Brasil rolou em Goiânia, no dia 9 de maio, entre Liorcino Mendes e Odílio Torres, após a união ser reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Mas o casório foi anulado pelo juiz Jeronymo Pedro Villas Boas, que também é pastor, no dia 17 de junho. O STF revogou a decisão do juiz e o casal se uniu dinovo no Rio de Janeiro, no dia 22 do mesmo mês, num casamento coletivo.