Itajaí

Falsificação e adulteração de anilhas é um problemão na região

Na região de Itajaí, o fiscal do Ibama, Márcio Borgonovo, é quem monitora os criadores de aves. Márcio explica que, por conta do baixo efetivo da instituição, atualmente o Ibama só consegue fiscalizar e monitorar os criadores que são cadastrados no sistema de Cadastro de Criadores de Passeriformes (Sispass).

O crime mais comum é a falsificação ou adulteração de anilha. Um crime considerado grave, que deixa de figurar na Lei Ambiental, e passa a ter pena prevista no Código Penal Brasileiro. A falsificação ...

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O crime mais comum é a falsificação ou adulteração de anilha. Um crime considerado grave, que deixa de figurar na Lei Ambiental, e passa a ter pena prevista no Código Penal Brasileiro. A falsificação ou adulteração prevê pena de dois a seis anos de reclusão.

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Márcio contou que, recentemente, um criador de Brusque teve 46 aves apreendidas com anilhas falsas. A descoberta da falsificação foi percebida em uma abordagem de rotina, após acompanhar a movimentação dos pássaros no sistema. Todos os criadores são obrigados a cadastrar as aves. Quando vendem ou fazem transferência, essa movimentação deve ser inserida ali também.

O fiscal explica que a implantação de anilhas falsas, muitas vezes, machuca os bichinhos. Ao tentar implantar anilhas fajutas no pezinho do pássaro, muitos acabam mutilando o animal. “Eles forçam para entrar a anilha falsificada e acabam machucado e, muitas vezes, mutilando o bicho”, comenta.

A anilh é feita especialmente para cada espécie de ave e colocada nos passarinhos quando eles são pequenos. Ela é feita de alumínio, tem uma circunferência uniforme e tem numeração do Ibama. Os anéis falsos, segundo Márcio, geralmente, não correspondem à espécie que está usando, por isso são alargadas ou apertadas. Esse ato acaba amassando, rachando e danificando a anilha. Assim, fica fácil pros fiscais perceberem quando o anel é falso.

Falsas são mais caras que as verdadeiras

O fiscal comenta que, curiosamente, as anilhas falsas são mais caras do que as verdadeiras. Uma anilha verdadeira, adquirida no Ibama, custa em média R$ 3. Já uma anilha falsa sai de R$ 50 a R$ 300. “É o único caso onde o produto falso vale mais que o verdadeiro”, analisa. Ele explica que o uso da anilha é uma forma de tentar evitar o tráfico de aves. “Todos os pássaros são traficados, mas existe uma grande preferência pelo trinca-ferro”, revela Márcio. O motivo é o canto e o porte do trinca-ferro, que o tornam muito valioso. Tão valioso que Márcio conta uma história, que ele acredita ser verdadeira, que o canto do pássaro era tão lindo que foi trocado por um apartamento.

Márcio comenta que as pessoas de bem, que querem ter um pássaro, devem prestar muita atenção na anilha, para evitar de entrar numa fria. “É importante prestar atenção e ver se a anilha é verdadeira. Os falsificadores acham que estão enganando os fiscais, mas não estão. Eles estão enganando as pessoas que estão negociando com eles, que compram o pássaro por valores altos, sem saber que a anilha é adulterada”, comenta Márcio. Atualmente, o tráfico de animais silvestres ocupa o terceiro lugar no ranking mundial, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas.






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