Pode parecer loucura, mas os donos de padaria tão torcendo pra que o pãozinho francês chegue ao final do ano 5% mais barato pro consumidor. Baixar o preço de um dos alimentos mais populares do país faz parte de um acordo que tá sendo costurado com o governo federal para a uma possível desoneração total dos impostos pra indústria da panificação. Ou seja, o governo tira a carga tributária das costas dos donos de padarias mas quer ver o pãozinho ainda mais em conta pro povão.
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As negociações rolam entre a direção da associação Brasileira da Industria da Panificação e Confeitaria (Abip) e abobrões do ministério da Fazenda. Nós estamos com fé. Em muitos países, como na ...
As negociações rolam entre a direção da associação Brasileira da Industria da Panificação e Confeitaria (Abip) e abobrões do ministério da Fazenda. Nós estamos com fé. Em muitos países, como na Alemanha, por exemplo, já houve a desoneração total de impostos sobre o pão, diz o empresário José Moisés de Andrade, presidente do sindicato dos Panificadores de Itajaí e Região (Sindipan) e representante no estado da Abip.
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Um bom exemplo, cita Moisés, é a Alemanha que entre a de 90 do século passado e os anos 2000, viu o número de padarias baixar de 80 mil para apenas 30 mil unidades. Foi pra evitar um quebra maior no setor, que o governo alemão decidiu pela desoneração de impostos.
Pelos números da Abip, o Brasil tem hoje algo perto de 65 mil panificadoras. E mais de 90% delas são de micro e pequenas empresas, afirma Moisés. A grande maioria delas, em crise. O pãozinho é um produto de primeira necessidade, é o que o pobre consome. Por isso, sem a carga tributária, o consumidor paga mais barato pelo produto e os pequenos empresários têm possibilidade de crescimento. Ganha todo mundo, discursa o chefão do Sindipan.
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O tema foi debatido durante 10 dias no 29º congresso Nacional da Panificação, que rolou em Foz do Iguaçu e terminou na sexta-feira. Moisés estava por lá. A decisão sobre o resultado da negociação entre donos de padaria e governo federal, informa o empresário e dirigente sindical, sai apenas no final do ano.