O curso na Maravilha é exigido desde o ano passado. A city é uma das poucas que têm o trampo rolando nos trinques e foi a primeira da Santa & Bela a oferecer as aulinhas. Os motoqueiros têm que passar pelo curso de 30 horas numa semana, relembrando noções de direção defensiva, leis, segurança e até de saúde. É exigido ainda que todos os cabriteiros adaptem suas motos, colocando antenas pra cortar a linha das pipas, por exemplo, e usem coletes refletores.
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O gestor do fundo Municipal de Trânsito, Jaime Mantelli, afirma que mais da metade dos mototaxistas da city já fizeram o cursinho e estão adaptando as cabritas. Quem não estiver nos conformes na metade de agosto corre o risco de tomar uma multa de R$ 500, ter a carteira e até a motoca recolhidas. As penalidades variam de acordo com a infração. Como vamos reforçar a fiscalização, vamos cair em cima dos clandestinos e respeitar aqueles legalizados, garante. A cobrança vai valer também pros mototáxis das cidades vizinhas. Quem for pego em Balneário sem a carteirinha irá tomar as penalidades.
Só não gostaram de pagar
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A maioria dos mototaxistas curtiu a ideia. Alessandro Damaceno, 34 anos, tem uma década e meia de experiência na cabrita e afirma que sempre é importante se reciclar. Tem gente que precisa de limites e relembrar leis, afirma. James Munaretti, 51, gostou tanto da ideia que não perdeu tempo. Na semana em que terminou o curso investiu uns 50 pilas já pra adaptar a sua motoca. Estamos há anos no trânsito, mas sempre há algo a mais pra conhecer. Temos que investir, afirma o mototaxista.
Os motoqueiros, de uma forma geral, só não curtiram muito a ideia de pagar R$ 190 pela semana de aula. O gestor do fundo de trânsito afirma que o gasto é necessário pra pagar a taxa da escola. Conta que o trampo custa R$ 250, mas rolou um desconto. Ainda lembra que o serviço só é oferecido por Floripa, mas eles conseguiram fazer com que os fessores viessem pro Balneário.
Peixeiros ainda irregulares
Diferente da vizinha Balneário Camboriú, a cidade de Itajaí trata seus mototaxistas na clandestinidade. Desde julho de 2009, toda cidade que tem transporte individual de passageiros pode começar a elaborar suas leis pra regulamentar esse serviço, mas em terras peixeiras as discussões ainda não saíram do papel. Isso tá incomodando quem paga o seu alvará certinho e vê motocas sem licença e sem identificação fazendo o serviço que era pra ser deles.
No dia 5 de julho, durante a sessão da câmara, os parlamentares aprovaram requerimento do vereador Marcelo Werner (PCdoB), pedindo audiência pública pra discutir a regulamentação da profissão em Itajaí. O plá ficou agendado pro próximo dia 14 de setembro. Atualmente, a city conta com 180 mototaxistas zanzando pelaí, mas nem todos são qualificados pro trampo. Até que se tenha um veredicto, a cidade continua desrespeitando uma lei federal, já que os profissionais trabalham irregularmente.