O descaso da operadora Oi com os telefones públicos de Itajaí pode estar com os dias contados. Uma liminar concedida pela Vara da Fazenda Pública peixeira determinou que a empresa, que possui a concessão do serviço, conserte os orelhões estragados na cidade em até 30 dias, contados desde ontem, quando foi publicada a ação. Além disso, a decisão define que a Oi coloque, em todos os aparelhos telefônicos da city, informações claras e precisas pra que o usuário possa escolher entre as diferentes operadoras de telefonia. Se não cumprir a medida, a empresa terá que pagar multa de R$ 200 ao dia por aparelho que não estiver funcionando conforme manda a justa.
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Em março deste ano, após reportagem do DIARINHO mostrando que quase metade dos orelhões do centrão não estava funcionando, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu ao Procon de Itajaí que desse ...
Em março deste ano, após reportagem do DIARINHO mostrando que quase metade dos orelhões do centrão não estava funcionando, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu ao Procon de Itajaí que desse um bizu na situação. Ao conferir em locais com grande circulação de pessoas e utilizando uma amostragem aleatória que dos 19 telefones vistoriados, nove estavam estragados, sendo que dois eram destinados a deficientes físicos, o Procon resolveu agir. Após isso, foi ajuizada ação civil pública da 10° Promotoria de Justiça de Itajaí, baseada na defesa do consumidor, pra colocar a Oi na linha.
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O advogado Rafael Martins Seara, chefão do Procon peixeiro, diz que as denúncias publicadas pelo DIARINHO serviram pro órgão do consumidor procurar o MPE. Nós temos uma parceria com o Ministério Público. Assim, resolvemos fazer a amostra, que comprovou algo errado nesse serviço de telefonia. Agora, a empresa tem o dever de arrumar os orelhões, afirma.
Rafael lembra que, apesar dos orelhões serem públicos, quem tem a concessão de uso é a Oi, que terá de pagar as multas, se não consertar os aparelhos. Ao fim dos 30 dias vamos fazer um novo levantamento da situação nos orelhões. Pedimos que a população nos abasteça com informações de aparelhos estragados, diz, acrescentando que ao final do próximo mês será vistoriado o maior número possível de telefones públicos.
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Servicinho capenga
Ontem, a reportagem ouviu do povão que o serviço da Oi não é lá essas coisas. A comerciante Neusa Correia, 59 anos, que tem um barzinho quase em frente ao terminal de ônibus da Fazenda, já perdeu as contas das vezes que tentou usar o orelhão da frente do estabelecimento e não conseguiu. Eu vendia cartão de orelhão, mas tive que parar porque o orelhão da frente nunca funciona, reclama. A operadora de caixa Márcia Regina, 42, tem a mesma opinião. O que tem na frente do Mini Preço da Fazenda nunca funcionou, conclui.