A construção de um hotel chicoso no Balneário Camboriú está precisando de um banho de arruda. Ontem, um pedaço de madeira despencou do alto do prédio e amassou a cabeça de um peão que trampava por lá. O cara tá internado em estado grave. No início do mês, rolou um assassinato na mesma obra, que fica na esquina da avenida Santa Catarina com a marginal Leste, no bairro dos Estados.
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No acidente de ontem, os bombeiros foram chamados por volta das 9h pra atender o coitado. Encontraram Victor Martins de Oliveira, 28 anos, com a cachola esmagada por um baita toco de madeira que ...
No acidente de ontem, os bombeiros foram chamados por volta das 9h pra atender o coitado. Encontraram Victor Martins de Oliveira, 28 anos, com a cachola esmagada por um baita toco de madeira que despencou do 10º andar da construção e acertou o rapaz no térreo. O peão teve traumatismo craniano, apagou na hora, e recebeu os primeiros socorros dos vermelhinhos. Ele foi levado em estado grave ao hospital Santa Inês, onde permanece internado.
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Os bombeiros não souberam informar se Victor usava equipamentos de segurança e capacete no momento do acidente. Até o fechamento desta edição, as polícias Civil e Militar não tinham recebido informações sobre o perrengue. A reportagem tentou contato com representantes da rede de hotéis Slaviero, que ergue a construção, mas ninguém quis comentar o assunto.
Já a galera do ministério do Trabalho informou que todo acidente de trampo deve ser comunicado aos homisdalei a aos fiscais do ministério, que abrem um procedimento pra averiguar a situação. Caso não role o bizu, o trabalhador perde direito ao afastamento remunerado pela previdência e serviço garantido no retorno ao trampo.
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Macumbado
Em 4 de julho, o pintor Ezequiel dos Santos, 21, o Pé ou Alemão, admitiu ter matado o companheiro de trampo Fabiano Maia Sell, 21, na mesma obra. Eles teriam discutido e Ezequiel esmagou a cabeça do colega com uma grande viga de madeira usada pra sustentação de laje. Por causa desses casos, tem gente que agora até atravessa a rua pra não passar perto da obra azarada.