A funcionária pública G. C., 40 anos, procurou o DIARINHO pra reclamar da taxa cobrada no carnê de pagamento de eletrodomésticos da loja Berlanda. Ela não queria bancar o seguro, mas foi obrigada ou corria o risco de não ficar com o produto. G. afirma que procurou a loja, na avenida do Estado Dalmo Vieira, pra compra dos aparelhinhos. Fechou negócio com pagamento de carnê, mas tomou um susto ao ver o papéli mais de perto. Estava incluso na compra um seguro desemprego de R$ 20,90, que ela se recusa a pagar. Sou funcionária pública há 10 anos. Não vão me mandar embora.
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Ela pediu pra que a taxa fosse retirada do carnê, mas o vendedor, de nome não divulgado, teria lhe informado que o valor estava incluso na cobrança. O vendedor não tem culpa, mas eu não posso ser ...
Ela pediu pra que a taxa fosse retirada do carnê, mas o vendedor, de nome não divulgado, teria lhe informado que o valor estava incluso na cobrança. O vendedor não tem culpa, mas eu não posso ser obrigada a pagar algo que não quero, lascou, indignada. Apesar de revoltada, a muié fez a tal compra.
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Absurdo
A chefe da procuradoria dos Direitos do Consumidor (Procon) da Maravilha do Atlântico, Nena Amorim, afirma que a cobrança é contra a lei. Isso é venda casada de seguro. Não pode. O cliente não tem obrigação de aceitar, explica. Ela conta que as lojas podem oferecer o tal seguro, mas não podem obrigá-lo a aceitar.
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Nena afirma que os clientes lesados devem procurar a Procon e fazer uma denúncia. Se tiverem provas, como apresentação do boleto de cobrança, ajuda no processo.
Um fiscal será mandado pra dar um bizú na loja. Caso seja comprovada a treta, cabe multa e a suspensão dos serviços. O cliente pode entrar até com um processo por danos morais.
A reportagem não encontrou o gerente da loja, identificado apenas como César. Os funcionários informaram que não poderiam responder pela situação. A equipe do DIARINHO ainda entrou em contato com o serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Berlanda pelo 0800-644-1999 e a atendente informou que o tal seguro chamado de prestamista é oferecido aos clientes pois cobre até seis parcelas caso ele fique sem emprego, tenha algum acidente de trampo ou fique afastado do serviço.
A funcionária não soube informar por que a taxa não é retirada do carnê caso o cliente não queira pagar pelo serviço.