Itajaí

Polêmica campanha de ateus é barrada

Mensagens seriam colocadas em ônibus de Florianópolis, mas foram brecadas

Uma polêmica campanha promovi­da pela associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) foi barrada em Santa Catarina, mais precisamente em Florianópolis. As peças publici­tárias, que circulariam ...

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Uma polêmica campanha promovi­da pela associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) foi barrada em Santa Catarina, mais precisamente em Florianópolis. As peças publici­tárias, que circulariam nos ônibus da city, foram vetadas pelas próprias em­presas de busos, por seu suposto con­teúdo ofensivo. As mensagens ateias reclamam de discriminação aos sem crença, comparam pessoas religiosas com outras que não acreditam em Deus e botam em cheque tudo o que as religiões pregam há milhares de anos. Com isso, os ateus compraram briga com os crentes ao expor suas ideias, vistas como tabu por parte da sociedade.

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Enquanto religiosos reclamam de ofensas nas mensagens, a Atea diz querer estimular a reflexão e com­bater o preconceito aos sem fé. Porto Alegre/RS foi a primeira cidade do Brasil a receber peças da campanha publicitária que, além de Florianó­polis, foi proibida em São Paulo, Sal­vador e Brasília. Com frases como “Somos todos ateus com os deuses dos outros”, “A fé não dá respostas. Só impede perguntas”, “Religião não define caráter” e “Se deus existe, tudo é permitido”, as mensagens colocam de um lado os crentes e de outro os ateus.

O presidente e fundador da Atea, Daniel Sottomaior, afirma que o ate­ísmo é uma forma legítima de ex­pressão e qualquer um tem o direito de demonstrar isso. Pra ele, o estado brasileiro só é laico no papel, tanto que, segundo o cara, todas as insti­tuições nacionais possuem símbolos religiosos. “A religião está no nosso dinheiro, na nossa Constituição e nos três poderes. Quem não tem religião é desrespeitado e isso faz com que os ateus sofram mais preconceito do que gays, negros e usuários de drogas”, exagera.

Os sem fé, de acordo com Daniel, sofrem agressões verbais, morais e, por vezes, perdem o emprego ou a fa­mília. “Temos relatos de pessoas que foram abandonadas por suas famílias, despedidas do trabalho por não acre­ditarem em Deus”, reclama, dizendo que a Atea tem o objetivo de dar vi­sibilidade a quem não tem crença. “O Brasil tem cerca de quatro milhões de ateus. Mesmo assim, o IBGE se recu­sa a dar números oficiais. Por quê? Por preconceito aos ateus”, conclui, lembrando que a Atea ainda pretende espalhar outdoors em Floripa.

Nada de preconceito

O presidente do conselho dos pas­tores evangélicos (Copevi) de Ita­jaí, pastor Edson Lapa, não acredita que os ateus sejam discriminados e considera as mensagens apelati­vas e exageradas. Segundo Lapa, há quem condene a postura de não se ter crença, mas não se pode genera­lizar. “Essa campanha não acrescenta nada. Ela me parece apenas querer provar que Deus não existe”, aponta.

Entre as imagens dos anúncios, uma coloca o ateu Albert Einstein ao lado de Adolf Hitler, que acredita­va em Deus. Pro pastor Lapa, fazer comparações entre personagens da história, e dar a entender que o ateu é melhor do que o crente, torna a cam­panha infeliz. “Foi uma colocação in­feliz, uma mensagem que apela pra atingir o público. Pra mim, isso aí tem cunho político”, lasca.

Já o padre Sandro Poffo, da paró­quia Dom Bosco, também de Itajaí, afirma respeitar a opinião da Atea e não a considera ofensiva. Pra ele, a campanha não ofende os religiosos, pois a fé é consequência do encontro de um ser humano com o divino. “Se não existe esse referencial, não existe fé. Gostaria de saber de onde vêm es­sas premissas que eles citam?”, ques­tiona, dizendo não conhecer nenhum ateu que tenha sofrido agressão ou repúdio por conta disso.

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