Os motoristas que circularam ontem pelas avenidas Adolfo Konder, no bairro São Vicente, e Reinaldo Schmithausen, nos Cordeiros, em Itajaí, foram parados nas barreiras montadas pela Codetran e o Inmetro. Ônibus, caminhões e vans escolares eram o foco da barreira do Inmetro, que teve o apoio dos guardinhas de trânsito. Pra não perder a viagem, a Codetran usou o outro lado das vias pra parar carangas e motocas. Hoje, o serviço volta a rolar nas avenidas Reinaldo Schmithausen e Contorno Sul, no centro.
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O caminhoneiro José de Souza, 58 anos, seguia em direção à BR-101, pra fazer uma entrega em São José, quando foi parado na blitz. Eu concordo com essas barreiras, porque assim você consegue tirar ...
O caminhoneiro José de Souza, 58 anos, seguia em direção à BR-101, pra fazer uma entrega em São José, quando foi parado na blitz. Eu concordo com essas barreiras, porque assim você consegue tirar os veículos irregulares de circulação, comenta. José não tava nem um pouco preocupado com a fiscalização. Eles podem me parar 100 vezes que não vão conseguir nada. Tá tudo certinho com o caminhão, debocha.
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A mesma opinião é divida pelo motorista Valdeci Blasius, 44. É melhor pra todos. Quem não deve, não teme, solta. Já seu companheiro de trampo, o entregador Jonatas Luis Santana, 18, discorda. Pra ele, as blitze atrasam a vida dos trabalhadores. Eu me sinto incomodado com isso, porque eles fazem sempre no mesmo lugar, comenta.
Empresária cabreira
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Se os caminhoneiros tão satisfeitos com as frequentes barreiras montadas na city, o mesmo não se pode dizer da empresária Amanda da Silva Martins, 22. Ela disse que sua empresa, a Trans Campos, sofre prejuízo toda vez que rola blitz. Muitas vezes ficamos sem caminhão e caminhoneiro por causa das multas e das apreensões dos veículos, isso atrasa toda a logística, reclama.
Mesmo com a reclamação da empresa, o chefão da Codetran, José Alvercino Ferreira, afirma que o trabalho é importante pra encontrar problemas comuns nos brutos que rodam pelaí. Nós fiscalizamos, por exemplo, se algum caminhão tirou ou colocou carroceria, trocou o motor, retirou ou diminuiu as molas entre outras irregularidades, explica. O Inmetro realiza as medições nos produtos, principalmente o tacógrafo, através da metrologia e da avaliação da conformidade, conclui.
De olho nos tacógrafos
Delamar de Souza Medeiros, fiscal do Inmetro na operação, disse que a intenção do órgão é fiscalizar somente o tacógrafo, espécie de disco usado pra monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade dos veículos. Seu uso é obrigatório no Brasil desde 1997. O certificado do Inmetro é o que garante que o aparelho está funcionando. É importante pois problemas nesses equipamentos podem causar acidentes nos caminhões, relata. Ao todo, o Inmetro abordou 60 veículos, entre caminhões, ônibus e vans. Destes, 27 foram notificados. Já a Codetran parou 180 carros, destes 25 levaram canetaço e outros 25 foram pro pátio. 15 carros foram apreendidos e 10 motos, a maioria por problemas na documentação, conta Zé.