O verão ainda não chegou, mas tem sujeito sedento pra ir à praia. Um homem procurou o Ministério Público pra abrir investigação contra a organização não-governamental (ONG) Praia do Pinho, que teria lhe impedido de entrar no complexo turístico. A promotoria do Balneário Camboriú já abriu investigação do fato.
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O inquérito civil foi registrado na semana passada, na promotoria de moralidade. Segundo o denunciante, que não teve o nome revelado, integrantes da ONG teriam proibido ele de transitar pelo local ...
O inquérito civil foi registrado na semana passada, na promotoria de moralidade. Segundo o denunciante, que não teve o nome revelado, integrantes da ONG teriam proibido ele de transitar pelo local. Ele ficou proibido de frequentar a praia desacompanhado, conta o promotor Rosan da Rocha, em nota.
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Diante da denúncia, dotô Rosan instaurou um procedimento e já pedinchou que sejam verificados os fatos. Ele quer saber ainda se há alguma regulamentação ou proibição da circulação de homens desacompanhados por lá. A turma da ONG tem 10 dias pra responder aos questionamentos do promotor.
Depois de analisar a situação, o promotor irá apontar se vale levar pra frente o inquérito civil, ouvir testemunhas e, se comprovar o fato, aplicar penalidades contra a ONG. Há suspeita que o denunciante tenha burlado uma das regras determinadas pela federação Brasileira de Naturismo. A entidade considera falta grave, que pode levar à expulsão, praticar atos sexuais, cair na porrada, cometer crimes, usar porcariada ou detonar com a estrutura da praia.
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A reportagem não conseguiu contato com representantes da Praia do Pinho no dia de ontem.
Pros peladões
A praia do Pinho é considerada o primeiro balneário de peladões do Brasil. Já ganhou até o quinto lugar na listagem das praias mais bonitas do mundão. Tem uns 500 metros de extensão, que abrigam duas pousadas, camping e bares. Como a área é cercada, pra evitar acesso dos não naturistas e taradões de plantão, a praia tem uma guarita na entrada. Por lá ficam os integrantes da ONG, que explicam as regras aos frequentadores, principalmente a de que o acesso é exclusivo pros peladões. A organização foi formada em janeiro de 2006, com a obrigação de zelar pelo balneário, manter o local organizado e habitado apenas pelos peladões de bem.